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Morador tem whatsapp clonado e autor pede dinheiro aos contatos

Pessoa que fez a clonagem informava contas e bancos diferentes para os depósitos solicitados

Na tarde de segunda-feira, 26 de agosto, o morador Zildo Inocêncio, de 35 anos, procurou a delegacia de polícia de São José do Rio Pardo para registrar um boletim de ocorrência. Em seu depoimento, ele disse que teve o número de seu whatsapp clonado e que a pessoa que fez isso passou a usa-lo para enviar mensagens aos contatos marcados no celular e pedir dinheiro.

“Um amigo me ligou e perguntou se eu estava com problemas no WhatsApp. Eu disse que sim, que eu estava bloqueado e que não conseguia acessar. Já tinha ligado na operadora antes para saber o motivo, e ela disse que estava tudo certo com a minha linha, que podia ser problema no aplicativo. Foi aí que meu amigo me contou que tinha uma pessoa falando com ele pelo meu número, dizendo que eu precisava de uma transferência bancária. Em seguida ele passou a conta solicitando o dinheiro”, relata.

Ainda, de acordo com Zildo, nessas mensagens o autor(a) da clonagem solicitava das pessoas que depositassem o dinheiro em uma conta bancária, que mudava conforme cada contato diferente era efetuado.

Foi após o aviso de seu amigo que ele procurou a delegacia e registrou o B.O. Não há informações na polícia, por enquanto, do autor. Essa ocorrência pode servir de alerta a todos que usam esse recurso no celular. Agora, o delegado da cidade deverá determinar a investigação sobre o assunto, para ver se consegue descobrir o autor da clonagem.

Como se clona um telefone celular

O processo é perigosamente fácil. Mas, para entendê-lo, primeiro é preciso saber como funciona o celular. Essencialmente, ele é um rádio que pode receber ou transmitir sinais em cerca de 800 faixas de frequência.

As operadoras dividem as cidades em setores chamados células – sacou o porquê de “celular”? Dentro de cada célula há um retransmissor de frequências, as antenas que vemos espalhadas por aí. O celular se conecta à antena mais próxima, o que permite a movimentação durante uma chamada. Centenas de pessoas usam a mesma faixa, mas, cada aparelho tem um código que mantém a conversa direcionada apenas entre o aparelho que efetuou a chamada e o que a recebeu. É aí que entra em cena a clonagem.

Com os equipamentos certos, um falsário pode encontrar uma frequência em uso e capturar o código do aparelho que está nela. “Eu gastava 330, 350 reais por mês. Imagina meu susto quando vi a conta de 3.700 reais!”, afirma o representante comercial Luís Gustavo Cerpim, de São Paulo, uma das inúmeras vítimas disso. Segundo o Procon de São Paulo, o ônus da clonagem é das operadoras, que precisam oferecer redes seguras.

Fonte: Revista Superinteressante

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