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Kátia Alencar, secretária de Educação: “Teremos que sentar com a equipe pedagógica e organizar tudo de novo”

Férias na rede municipal terminam no dia 2 de maio, mas recesso pode perdurar

Segundo Kátia, se o recesso for prorrogado por muito tempo, escolas terão que utilizar sábados e feriados

Kátia Alencar, secretária municipal da Educação concedeu entrevista à Rádio Difusora no dia 20 de abril, para falar sobre as férias e a possível prorrogação do recesso em função do coronavírus. A secretária falou sobre as readaptações que precisarão ser feitas, por conta da crise.

“Está sendo um pesadelo para todos, nunca imaginamos que fôssemos passar por isso. Fizemos uma vídeoconferência com o secretário estadual e ele nos disse a mesma coisa. É tudo muito novo”, afirmou.

Planejamento e parcerias

 “Em 2019 já começamos a fazer todo o calendário escolar, número de salas, de professores, toda a demanda de quantos alunos teríamos. Já fechamos parcerias com os programas e projetos, como a que já temos com o Sesi , Sicredi, AES Tietê, CPFL. São programas que planejamos no ano anterior, para serem colocados em prática agora, em 2020. Tivemos que replanejar tudo isso”, disse ela.

‘No entanto, ainda nem sentamos para fazer isso, porque é tudo muito novo e não temos nenhuma data ainda. Tivemos um recesso do dia 23 de março até 6 de abril. Do dia 13 de abril até 2 de maio, os professores e alunos ficaram, e ainda estão, de férias. Antecipamos as férias de julho porque na hora que voltar vamos seguir isso até dezembro”, destacou.

“Nós, do município de São José do Rio Pardo, seguimos o sistema estadual. Então estamos aguardando o calendário deles, porque seguimos com base nesse do estado. Vamos fazer isso para executar o ano de 2020. Nós não estamos querendo tirar as férias de janeiro, porque os alunos, que já estão tendo umas férias diferenciadas, não podem sair de casa, então não podem ser consideradas férias. Por isso estamos tentando reorganizar o calendário, dentro do ano de 2020”, contou.

“Teremos uma preparação para retomar as aulas porque precisaremos efetuar limpeza nas escolas antes, chamar esses professores para fazer um replanejamento do que foi executado. Tudo o que foi organizado em outubro de 2019, teremos que retomar, sentar com a equipe pedagógica em cima das orientações estaduais e organizar o ano de 2020 novamente”, prosseguiu.

“Estamos com a programação para as aulas voltarem no dia 4 de maio. Mas não serei muito otimista, pois acredito que irão estender. Pela vídeo conferência que tivemos, acredito que entre em um novo recesso para o final de maio. Mas na verdade não temos previsão, o próprio governador fica estendendo a quarentena, então as aulas também estão dessa forma”, disse.

Transmissoras

“Temos que pensar que as crianças são portadoras da doença, podem não desenvolver sintomas, mas podem transmitir isso para a família. Dentro das famílias, muitas vezes quem cuida das crianças para os pais trabalharem, são os avós. Não podemos orientar um bebê, as crianças das creches, a não colocarem a mão na boca, por exemplo. As crianças são orais, elas levam a mão na boca, brinquedos na boca, não tem como controlar. Por isso foi necessária essa suspensão das aulas, não teve como pensar em outra forma”, explicou.

Carga horária

“A lei exige que sejam 200 dias letivos. Porém isso já foi flexibilizado para que a gente cumpra 800 horas. Até o momento, nas minhas contas, até dezembro conseguiremos cumprir essas 800 horas, mesmo com uma possível nova prorrogação. Se estender muito mais a quarentena, aí complica. Aí teremos que utilizar sábados e feriados para tentar cumprir essas 800 horas”, previu.

Interação e atividades

“Quando as férias terminarem, no dia 2, poderá acontecer um novo recesso, então as crianças serão orientadas a fazer atividades em casa, como estavam fazendo antes. Precisamos dessa parceria das famílias. Para nós, adultos, já está sendo difícil ficar nessa quarentena e nós entendemos o porque. Imaginem as crianças que perguntam várias vezes porque não estão indo na escola. Estamos preocupados com a parte emocional da criança. Porque a escola serve para socializar, eles precisam disso. Aprendem a compartilhar, ouvir, dialogar, ter contato com os amiguinhos”, comparou.

 “É um momento difícil, por isso contamos com a família, para que as crianças tenham interações. É importante os pais resgatarem brincadeiras antigas, para ajudar a desenvolver a criança. Essa parceria via whatsapp que estamos fazendo, é importante. Nossa preocupação é imensa, e estamos fazendo com que esse momento se torne o menos doloroso possível para todos. Nossos professores estão conseguindo fazer coisas fantásticas usando a tecnologia. Fizeram lives de contação de histórias, entre outras coisas. Estão de parabéns”, afirmou Kátia.

Avaliação

“Quando retornarmos as aulas, faremos uma avaliação diagnóstico das crianças para avaliar como elas estão, e vamos fazer um levantamento para que os alunos que estiverem com dificuldade tenham aula de reforço, para que não tenham mais prejuízo na questão do aprendizado”, encerrou.

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