De janeiro até agora, Assistência Social diz ter entregue 2.115 cestas básicas
A pandemia agravou a situação das famílias que já dependiam dos serviços assistenciais do município. É crescente o número de pessoas procurando ajuda no CRAS Vale do Redentor, CRAS Cassucci, Serviço de Acolhida Social (região central), CREAS e na própria Secretaria de Assistência, no Aeroporto.
“Algumas dessas famílias já vivenciavam vulnerabilidades anteriores à pandemia, no entanto vemos este número crescer a cada dia”, afirma Talita Salomão, secretária de Assistência e Inclusão Social de São José do Rio Pardo.
Falando à Gazeta, ela comentou que a população tem se mostrado bastante solidária na doação de alimentos para que as entidades destinem às famílias carentes, mas alerta que nem todas as pessoas que procuram ajuda, de fato necessitam dos benefícios.
“Mesmo diante de tantos alimentos arrecadados, nem todas as pessoas têm direito a este benefício – restrito às famílias em situação de pobreza e insegurança alimentar. Deste modo, as pessoas que procuram os serviços para a solicitação desse benefício, passam por acolhimento feito pela equipe técnica (assistente social e/ou psicólogo) para que as condições da família sejam avaliadas, ou seja, para compreender quais são as outras vulnerabilidades e necessidades a que a família está exposta”.
Ela destaca que o primeiro atendimento às famílias não tem caráter investigativo, mas procura realizar um diagnóstico social que envolve desde a região onde vive, a situação de insegurança alimentar, a questão do desemprego e as condições de vida durante a pandemia.
A partir destes dados, Talita afirma que é possível encaminhar as famílias para outras políticas públicas garantidas pela Assistência Social.
Quanto às pessoas que buscam por alimentos, ela diz que não há necessidade de cadastramento para o recebimento de cestas, já que as mesmas são oferecidas conforme a necessidade das famílias que procuram os serviços. “No que diz respeito à periodicidade, também são ofertadas conforme a necessidade e felizmente, tem sido possível atender a todos que nos procuram”, completa, informando que, de janeiro a junho, os serviços assistenciais oficiais entregaram 2.115 cestas básicas.
Para a secretária, os cortes efetuados pelo Governo Federal no Programa Bolsa Família, resultou na redução do número de beneficiários e no consequente aumento de famílias que buscam por alimentos e outros benefícios eventuais.
“Sabemos que os programas de transferência direta de renda se configuram como importantes estratégias de promover autonomia a acesso a direitos, como à alimentação, já que somente a concessão de cestas básicas acaba por criar uma relação assistencialista, que não é ideal aos objetivos traçados por esta Secretaria, no entanto, neste momento, a concessão de cestas é uma medida necessária e urgente”, ressalta.
Ela pede para que as pessoas da comunidade continuem fazendo suas doações e contribuindo com o Fundo Social, Tiro de Guerra e outros pontos de arrecadação de alimentos, a fim de que estes possam chegar às famílias carentes do município.