Segundo Vigilância Epidemiológica, havia menos doses nos frascos e problema foi comunicado à Anvisa
De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Gisele Flausino – em vídeo gravado na última sexta-feira (16), no qual aparece também o secretário de Saúde, Paulo Boldrin – o município perdeu 666 doses de vacina, do total recebidos até agora.
Ela explicou que trata-se de problema técnico e que a situação foi constatada nos últimos quatro lotes recebidos. Disse ainda que o problema não é exclusivo de São José do Rio Pardo mas tem sido apresentado em vários outros municípios do Estado e outras regiões do país. De acordo com a coordenadora, a quantidade de doses nos frascos de vacina está menor.
“Um frasco preconizado com 10 doses está rendendo em média 9 a 8 doses dessas vacinas. E com relação a isso nós temos uma perda substancial de 666 doses nos últimos quatro lotes que recebemos”, disse.
A situação, segundo ela, já foi comunicada à Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária e também ao GVE – Grupo de Vigilância Epidemiológica de São João da Boa Vista.
“Com isso nós estamos pleiteando o reabastecimento destas perdas para que a gente possa colocar em prática essa vacinação o quanto antes”, afirmou.
De acordo com a Anvisa, “Foi observado aumento de queixas técnicas relacionadas à redução de volume nas ampolas da vacina. Todas as hipóteses estão sendo avaliadas para que se verifique a origem do problema e não haja prejuízos à vacinação em curso no país”.
O Instituto Butantan explica que cada frasco de Coronavac possui, nominalmente, 10 doses de 0,5 ml, e há um envase com volume maior – de 6,2 ml. Esse volume extra, de acordo com o instituto, pode render até duas doses a mais, se for corretamente retirado pelo profissional de saúde, usando agulhas mais finas, por exemplo, para evitar o desperdício.
Ranking
Segundo Gisele, até o dia 15 de abril a cidade havia recebido 14.374 doses de vacina. Deste total, até aquela, foram aplicadas 12.807 doses.
A coordenadora falou que, as informações de 10.998 doses de vacinas aplicadas foram lançados no sistema Vacivida.
A demora ou lentidão nos serviços de lançamento destas informações fez com que o Governo classificasse São José do Rio Pardo como uma das dez piores cidades do Estado no desempenho da vacinação.