terça-feira , 26 novembro 2024
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Veraldo José, proprietário da Esporte da Vila e Robson Carlesso, da Performance

Câmara votará projeto que pode definir academias como um serviço essencial

Representantes do setor defendem a importância da atividade física para o aumento da imunidade

Robson Carlesso, proprietário da academia Performance, e Veraldo José, da Esporte da Vila, deram seus depoimentos sobre a expectativa de aprovação do projeto de lei que será votado na Câmara Municipal nos próximos dias, de autoria do vereador Rubinho Pinheiro. Confirmando-se a aprovação, as academias serão consideradas como serviço essencial no município, permitindo a abertura do setor. O PL deu entrada na Câmara na terça-feira (9).

Veraldo contou sobre as ações realizadas para dar andamento no projeto.

“Tomamos por iniciativa um projeto que já foi feito em outras cidades, como Franca e Ribeirão Preto, que fizeram esses projetos de lei municipal, o qual dá a permissão e o direito do profissional da educação física estar dentro do grupo essencial durante a pandemia e calamidade pública. Nosso grupo de proprietários de academia já vem se reunindo há mais de um ano em função da pandemia. Nossa expectativa é tentar aprovar essa lei para deixar isso por escrito de forma correta”.

Reunião

“Nos reunimos na segunda-feira com o prefeito e com o presidente da Câmara, Rafael Kocian e Rubinho Pinheiro, vereador autor do projeto de lei. Senti que estamos trabalhando junto com eles, e eles conosco para encaminharmos esse projeto, e de fato conseguirmos provar que somos parte da solução do problema, e não do aumento dele. Podemos contribuir muito para que a sociedade possa passar por essa fase de uma forma mais branda”, disse Robson.

Perda de alunos

Segundo Veraldo, em 2020, os proprietários e funcionários das academias ficaram um pouco mais que cinco meses sem poder trabalhar, desde o final de março até setembro, que foi quando retornaram com o atendimento.

“Fora o impacto financeiro que talvez seja o mais sério, porque é uma classe que vem lutando, não sobra-se tanto dinheiro como as pessoas pensam. Temos uma manutenção muito alta dentro desse setor. Além disso, tivemos uma perda substancial do número de clientes. Muitos não puderam voltar por pertencer ao grupo de risco, pessoas diabéticas, hipertensas e cardiopatas. Essas pessoas só irão voltar após a vacinação. Alguns alunos sem esses problemas também preferiram esperar para voltar”, comentou  Veraldo.

“Perdemos alunos que ficaram sem emprego por causa da pandemia, e não tem mais condições de manter o pagamento”, disse Robson.

De acordo com o dono da Performance, todos os protocolos já haviam sido implantados nas academias, como distanciamento, capacidade de atendimento de 30% dos alunos na fase laranja, e horário agendado. “Todas as academias da cidade fizeram as adaptações necessárias”, completou.

Estudos

Robson mencionou um estudo feito na Inglaterra, após o fim da primeira onda da pandemia no país. “Oito milhões de pessoas voltaram para as academias, e tiveram apenas 17 casos de Covid-19 dentro desses estabelecimentos. Outro exemplo, é na Austrália, com 6 milhões de pessoas que retornaram, não teve nenhum caso de contágio em academias no país”.

Benefícios para o sistema imunológico

“Têm inúmeros estudos que comprovam que as atividades físicas fortalecem o sistema imunológico. Certos hormônios como a irisina, por exemplo, que é produzida durante o exercício, inibe a proteína que transporta o vírus entre as células, o que é muito bom, porque diminui a transmissão. As internações para quem é ativo fisicamente, caem em 34%, o Ministério da Saúde já publicou dados sobre isso. Fora isso, a atividade física combate todas as comorbidades que podem ser responsáveis por levar a pessoa a óbito, como hipertensão, diabetes e obesidade. A atividade física é o remédio para tudo isso”, destacou Robson.

“Somos os profissionais que tem condições de orientar e guiar os treinamentos e os exercícios para o objetivo de uma vida saudável de cada pessoa”, completou.

Caso em São José

Veraldo contou que em São José do Rio Pardo houve apenas um professor contaminado, que não pegou a doença trabalhando dentro de academia. “Ele precisou parar de trabalhar o ano passado no período do fechamento das academias, arrumou outro emprego, e lá acabou sendo contaminado. Tivemos uma reunião com todos do setor, e foi declarado que ninguém pegou a doença. Os alunos que relataram que tiveram Covid-19, participaram de festas de final de semana, que tem sido o maior problema na minha opinião”, encerrou.

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