No dia 16 de setembro, quarta-feira, Samuel Viana, proprietário do gastropub “ Seu divino” em São José do Rio Pardo, foi convidado a participar do programa “ Jornal do Meio Dia” da rádio Difusora, para falar sobre a reabertura de bares e restaurantes, e contar sobre as medidas que foram adotadas por seu estabelecimento durante a pandemia, para ajudar a evitar o contágio da doença. Samuel falou também sobre o serviço delivery, e promoções desenvolvidas pelo “Seu Divino” para manter os clientes durante o período de isolamento social.
Medidas
“Fizemos a reabertura tomando todos os cuidados possíveis, reduzimos a capacidade do bar em 60%, criamos um cardápio digital para o garçom não precisar ir até a mesa atender o cliente, e colocamos álcool em gel em todas as mesas. O público está entendendo todas essas mudanças e frequentando o Seu Divino neste momento sim”, disse. “O uso de máscara é obrigatório, inclusive quando os clientes levantam da mesa precisam colocar. Estamos reforçando tudo o que é possível, até mais do que o protocolo pede, como o cardápio digital, que é algo que o protocolo não pede, mas entendemos que isso é algo positivo”.
“Nos dias mais movimentados, estamos trabalhando com uma pessoa na porta, para fazer o controle da entrada. Ainda estamos aprendendo a trabalhar com esse momento de covid, com a redução de mesas”, destacou. “Paramos de servir às 22h00 e o pessoal tem respeitado isso”, completou.
“Já trabalhávamos com entregas antes da pandemia, e quando ela começou, reforçamos e colocamos toda a nossa operação focada no delivery. Criamos promoções diárias para fazer com que o pessoal tivesse essa vontade de consumir nossos produtos mesmo não podendo ir até lá”, disse Samuel.
Pedidos
“Temos três maneiras principais para as pessoas fazerem os pedidos. A primeira delas é o aplicativo que desenvolvemos, não tínhamos ele antes da pandemia, que é o jeito mais fácil e rápido de fazerem o pedido. Pode ser feito também pelo WhatsApp, ou direto por ligação”.
“A cada dia colocávamos uma pizza de quatro sabores a um preço de R$39,90 e um lanche com preço promocional. Todo dia o cliente tinha um motivo diferente para pedir comida pelo Seu Divino”, relatou. “Desde que voltamos a abrir, as pessoas estão frequentando bastante, acho que elas sentiam falta de fazer uma refeição fora de casa, algumas pessoas são de fora e trabalham em São José e precisam de algum lugar para jantar, então o movimento está compatível com a nossa capacidade”.
“Tentamos trabalhar com alguns diferenciais, que vem desde a coquetelaria, que temos bastante tipos de caipirinha, vários coquetéis, a qualidade do produto servido é sempre bem pensado, a pizza pegamos a melhor farinha, que é a italiana, tentamos fazer disso uma experiência gastronômica para as pessoas. Além disso, o atendimento é fundamental. Nosso cardápio é renovado a cada 14 dias”, completou.
Funcionários
“Nosso quadro é de dez funcionários. No primeiro momento, tiramos dois que estavam em período de experiência, depois o governo federal colocou a medida de redução de jornada, então suspendemos a jornada das pessoas que trabalhavam no salão, e algumas delas, com essa suspensão, conseguiram outro emprego e pediram para sair. Já contratamos três novos funcionários, e a expectativa é que assim que pudermos trabalhar em um período de horário maior, e servir fora do restaurante, pretendemos fazer duas novas contratações. Aos finais de semana contratamos alguns freelancers também”, explicou.
“Governo estadual errou a mão”
“Percebi que a vida do empresário mineiro, de Guaxupé e Poços de Caldas, está menos complicada do quem está no estado de São Paulo. Temos mais limitações para voltar a trabalhar. Acho que o governo estadual errou a mão ao proibir qualquer tipo de atividade, hoje percebemos que o vírus circula como antes, ou talvez até mais, e as atividades voltaram a poder funcionar. Isso mostra que houve um exagero, foram aprendendo como o vírus funciona”, afirmou Samuel.
“Acho pouco provável que haja um retrocesso em nossas região. Acompanho o Plano SP diariamente, e a média de ocupação de leitos na UTI, a média do estado de São Paulo é de 50%, e da nossa região, 35%, uma das melhores médias do estado de São Paulo. Quando pensamos em outros indicadores, como internação por 100 mil habitantes e óbitos por 100 mil habitantes, também temos um dos melhores indicadores regionais do estado. O objetivo é chegar na fase azul, que conseguiremos trabalhar quase igual estávamos antes da pandemia”, encerrou.