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Dr. Everton, à direita, com seus filhos e esposa

Homenagem: Sobrinha de dr.Everton recorda atitudes e dedicação do médico

Fernanda Scaramello Saran relata um pouco da história do endocrinologista, que faleceu no dia 25

Everton Ricieri Scaramello, era um dos médicos mais queridos de São José do Rio Pardo. Não apenas pela maneira que exercia a medicina, mas principalmente por sua gentileza e humanidade. Ele faleceu no sábado, dia 25 de janeiro, na Santa Casa de Mococa, três dias antes de seu aniversário. Faria 46 anos.

Reconhecendo a importância que Everton tinha para muitas pessoas, o jornal entrou em contato com sua sobrinha, Fernanda Scaramello Saran, que concedeu uma entrevista para contar um pouco sobre a história e personalidade de seu tio.

“Ele era o terceiro filho, e caçula de Adilson Augusto Scaramello e Evanita Celli Antonialli Scaramello. Nasceu em Casa Branca, no dia 28 de janeiro de 1974.  Começou a fazer faculdade de medicina em Petrópolis RJ, e no meio do curso descobriu que seria pai, junto com sua companheira Patrícia Rueda Scaramello. Estava a caminho Gabriel Augusto Scaramello, hoje, com 23 anos. Posteriormente, teve Maria Luiza, de 18 anos, e Lucas de 15. Ele se formou em medicina e se especializou em endocrinologia. Um homem que antes de ser médico, era humano”, conta Fernanda.

“Cuidava de seus paciente se como fossem da família. Sempre com seu jeito carinhoso, paciente, atencioso, não media esforços para ajudar e ver seus pacientes recuperados. Até puxava a orelha se fosse preciso. Aos que não tinham condições, ele ia até a casa da pessoa para distribuir remédios, insulina ou o que estivesse ao seu alcance. Por vezes não cobrava as consultas, ou então cobrava um valor irrisório, apenas para a pessoa não se sentir envergonhada por estar sendo atendida e não pagar, para que ela não se sentisse impotente e desistisse de continuar  o tratamento”.

“Meu tio ficava sempre com o celular na mão, para responder e atender quando qualquer um lhe procurava, fosse Natal, Ano Novo, datas festivas, não importava. Era como se cada pessoa fosse um joia rara e assim ele os tratava. Sua maior dor foi perder seu pai, no dia 09 de abril de 2011, aquele que foi seu maior amigo, exemplo de homem, de pai, de força e fé. Meu avô Adilson aproximou o coração de todos nós a Deus, nos ensinou a palavra, o poder do amor e da união. E assim o tio Rici, e todos em casa nunca perderam a fé, mesmo em meio as tormentas da vida. Seus ensinamentos ficarão para eternidade, assim como os do meu tio Rici, mais conhecido como Dr. Everton”, prossegue.

“Meu tio era um anjo entre os homens. E quando descobriu o câncer, após ser tratado como uma mera infecção, nunca perdeu a fé. O câncer dele foi raríssimo. E ele foi desenganado por duas vezes onde deram até prazo de vida pra ele. Três meses de vida. Mesmo assim, ele acreditou e lutou, a família toda lutou com ele. Quando se passaram três meses, ele disse: Passei dos três meses. Disse ainda, que nessa vida o que vale são nossos atos, aquilo que fazemos, aquilo que ensinamos. Porque essas coisas permitem que as pessoas que amamos estejam sempre vivas em nossa memória e coração”.

“Ele foi um homem que se destacou na multidão e tenho certeza que Deus tem planos maravilhosos para ele. A saudade dói, mas é o preço que se paga por todo amor que ele semeou”.

“Minha avó e mãe dele, aos prantos agradeceu a Deus por tê-lo dado a ela, e por esses 45 anos de felicidade, mas que naquele momento, mesmo sendo a coisa mais difícil que ela fazia, ela o entregava de volta pois não aguentava mais vê-lo sofrer. Eu, meu irmão e primo estávamos no quarto quando ele partiu, e minha avó ligou no exato momento que ele faleceu. Depois, quando perguntei como ela sabia, me respondeu que havia acordado com ele dando um beijo nela, por isso nos ligou”.

 “Ele faleceu na Santa Casa de Mococa, onde teve todo o carinho da equipe médica e de todos os funcionários. Em seu velório, uma multidão de pessoas que o amavam foram se despedir”.

Por Júlia Sartori

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