sexta-feira , 19 abril 2024
Início / Últimas Notícias / Refis Rural: adesão é prorrogada até dia 30

Refis Rural: adesão é prorrogada até dia 30

Refis Rural: adesão é prorrogada até  dia 30

Produtor deve procurar uma unidade da Receita para aderir, por requerimento, ao programa

 

O prazo para produtores rurais aderirem ao Programa de Regularização Tributária Rural foi adiado mais uma vez. O novo prazo se encerrará no dia 30 de maio. Marcada anteriormente para terminar em 30 de abril, a data foi alterada na última semana através de uma medida provisória assinada por Temer.

A mudança foi publicada no Diário Oficial de segunda-feira (30). Em nota divulgada em seu site oficial, a Receita Federal ressaltou que a adesão ao programa deve ser formalizada após o contribuinte fazer o requerimento. O produtor rural deve ir até uma unidade da Receita no domicílio tributário, sem a obrigatoriedade de agendamento, segundo o órgão.

Também conhecido como Refis Rural, o programa foi sancionado por Temer em janeiro, com 24 vetos ao texto original. Um desses pontos rejeitados pelo presidente da República era o que concedia desconto de 100% nas multas que deveriam ser pagas pelos produtores rurais.

No entanto, por 360 votos de deputados federais e 50 votos de senadores, o Congresso Nacional derrubou os vetos de Michel Temer ao texto, que restabeleceu, por exemplo, a redução das contribuições previdenciárias dos empregadores, de 2,5% para 1,7% da receita oriunda da comercialização dos produtos agrícolas.

Segundo o deputado federal Alfredo Kaefer, do PP paranaense, a aprovação do projeto, sem vetos, dá mais fôlego para um dos principais setores da economia brasileira. “É o que possibilita tanto empresas quanto produtores a colocarem a sua vida tributária no quesito Funrural em ordem e continuar tocando a vida como tem que ser”, salientou.

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), Marcos da Rosa, acredita que o Refis (Lei 13.606/2018) faz justiça aos produtores rurais. Produtor do grão no Mato Grosso, ele destacou que as condições ainda não são as melhores para o crescimento agropecuário.

“Deu uma amenizada. Nós saímos do pior para o menos ruim. Com toda essa pressão nos custos de produção, o produtor vai começar a sair, diminuir a produção. A produção ficaria cara, o milho, arroz. Essa seria a grande consequência, caso não acontecesse a derrubada dos vetos”, explicou ele.

A proposta veio com o intuito de ajudar os produtores rurais a quitar dívidas acumuladas durante dois anos, período em que a Justiça discutia se a cobrança do fundo era constitucional ou não. Extinto por quase 10 anos, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em 2016, que a cobrança era legal.

O produtor que aderir ao Funrural terá sua contribuição incidindo diretamente em sua receita bruta, e terá que pagar um percentual da dívida consolidada em duas parcelas de igual valor, mensais e seguidas. A partir daí, o produtor terá a possibilidade de dividir os débitos em até 176 prestações. O programa prevê a quitação de dívidas vencidas até 30 de agosto de 2017. O texto é de autoria da deputada Tereza Cristina (DEM-MS), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

(Por Raphael Costa)

 

Confira também

UBS Central funciona até 10 da noite para atender pacientes com sintomas de dengue

Os números da dengue continuam aumentando no município. De acordo com as informações atualizadas pela …

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *