quarta-feira , 2 abril 2025
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Veterinária Marília Martins e a gatinha Fefê

Gatos exigem cuidados com a saúde no inverno

Rinotraqueíte felina é responsável por 40 a 45% das infecções respiratórias em gatos

Com a queda da temperatura prevista para os próximos dias, assim como os seres humanos ficam sujeitos a um maior risco de contrair doenças respiratórias, a situação não é diferente para os animais. Muito comum entre os gatos, a rinotraqueíte felina costuma surgir com maior frequência nessa época do ano. A enfermidade apresenta sintomas parecidos com um resfriado humano e se não for corretamente tratada, pode se transformar em uma doença mais grave.

A veterinária Marília Martins, que atende na clínica Império dos Animais em São José do Rio Pardo, falou ao jornal essa semana e esclareceu algumas dúvidas sobre a enfermidade.

“Segundo a literatura a rinotraqueíte felina é uma infecção viral do trato superior respiratório, causada pelo herpes vírus felino 1 (HVF-1). É uma doença sazonal, mais recorrente no inverno, mas também pode acontecer em outras épocas. Ela é responsável por 40 a 45% das infecções respiratórias felinas”, informou.

Ambientes populosos podem contribuir para o contágio da rinotraqueíte. Além disso, fatores considerados estressantes para os felinos, como a mudança de ambiente também pode afetar a imunidade do bichano, o que o torna mais propenso a ter este tipo de afecção.

Sintomas

Secreção ocular, corrimento nasal, espirros, perda de apetite e febre, são os principais sintomas. “O quadro pode persistir por até três semanas, e como consequência, o animal pode ter perda de peso e desidratação”, completou a veterinária.

Infecções secundárias

Segundo Marília, a rinotraqueíte pode abrir portas para infecções secundárias. “A rinotraqueite compromete a integridade do trato respiratório superior dos felinos e abre portas para infecções secundárias, como pneumonia, por exemplo”.

A rinotraqueíte é tratável e possui cura na maioria dos casos. No entanto, quando o tutor não percebe os sintomas existentes, ou em casos de animais de rua, que não recebem um tratamento adequado, a doença pode evoluir causando problemas mais graves, o que pode ocasionar em morte.

“Ela pode ocorrer em animais saudáveis, porém animais portadores de FIV (Imunodeficiência Felina) e FELV (Leucemia Felina) acabam ficando mais suscetíveis.   Essas duas doenças tornam o animal imunossuprimido, o que facilita infecções secundárias de vírus e bactérias”, explicou.

Transmissão

Essa doença é transmitida por contato direto, secreção nasal, lacrimal, lambedura – já que há presença de saliva, e especialmente na forma de aerossol por animais contaminados.

Segundo a veterinária, em 2021 houve uma alta porcentagem de atendimentos de gatos com a rinotraqueíte no período do inverno. “Principalmente por causa do tempo seco e das queimadas, houve um aumento na ocorrência de afecções respiratórias”.

Tratamento

O tratamento contra a doença é sintomático, “O objetivo do tratamento é controlar os sintomas e possíveis infecções secundárias. É importante também manter uma alimentação de qualidade, e a além das vacinas manter a vermifugação do animal sempre em dia, pois uma alta incidência de parasitas intestinais acaba afetando a saúde geral do felino”.

Vacinas

A vacina é a melhor forma de prevenir o contágio da rinotraqueíte felina. “O gato recebe três doses da vacina múltipla. As vacinas são a quadrupla felina ou quíntupla felina, a diferença é que a quíntupla imuniza também contra a Felv (Vírus da Leucemia Felina). A proteção contra a rinotraqueíte já está inclusa no protocolo vacinal dos felinos em ambas as vacinas”.

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