sábado , 20 abril 2024
Início / Saúde / Anvisa diz que não há doses a menos nas vacinas do Butantan

Anvisa diz que não há doses a menos nas vacinas do Butantan

Anvisa diz que não há doses a menos nas vacinas do Butantan

De acordo com notícia veiculada pela Agência Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concluiu que não há indícios de que frascos da vacina CoronaVac estejam sendo fabricados com volume menor de doses. A investigação foi realizada após queixas de que as vacinas produzidas pelo Instituto Butantan estavam sendo entregues em frascos contendo quantidades menores que as dez doses previstas.

Avaliação sobre a aspiração da vacina CoronaVac realizada pelo Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems-SP) apontou que 44,4% dos frascos analisados renderam menos que as dez doses.

O problema de doses a menos nas ampolas foi reclamado pela Vigilância Epidemiológica de São José do Rio Pardo no mês passado. O Butantan discordou na ocasião, e atribuiu a não retirada das dez doses preconizadas a falhas na manipulação.

De acordo com o último ‘Vacinômetro’ divulgado pela Prefeitura, no dia 14 de maio, houve registro de 876 doses referentes a frascos com doses insuficientes. A mesma informa que também contabiliza 1001 doses de frascos de Oxford que renderam doses extras.

Inspeção realizada em abril

Em ofício, a Anvisa relata que, para o caso específico da CoronaVac, que tem um volume declarado de 5 ml, deve haver 0,5 ml de excesso em cada frasco. Diante disso e com a justificativa de aumentar o rendimento do processo produtivo em até 8%, no início de março, o Butantan fez uma redução no volume de enchimento do frasco de 6,2 ml para 5,7 ml, com uma tolerância de 0,2 ml, representando uma faixa de 5,5 a 5,9 ml.

“Os lotes fabricados a partir desta data apresentam-se visualmente com volume inferior aos lotes fabricados anteriormente. Tal alteração foi prontamente notada pelos profissionais de saúde, que observaram a redução visual no volume do frasco. Contudo, tal redução não necessariamente representa um desvio no produto”, disse a Anvisa no documento.

A Anvisa realizou uma inspeção no Butantan, em abril, e concluiu que os resultados estavam dentro das especificações. “Com base no resultado da inspeção investigativa concluiu-se que falhas no processo de envase não parecem ser a causa do volume inferior reportado nas queixas técnicas”, concluiu a Anvisa.

Resposta do Butantan

O Instituto Butantan informou, em nota, que a inspeção da Vigilância Sanitária Municipal de São Paulo, com apoio remoto do Centro de Vigilância Sanitária (CVS) do Estado e da Anvisa realizada em 20 de abril não encontrou nenhuma inadequação na linha de envase da CoronaVac, confirmando as boas práticas de fabricação.

Segundo explicou o instituto, cada frasco da vacina contra o novo coronavírus contém nominalmente 10 doses de 0,5 ml cada, totalizando 5 ml, e adicionalmente ainda é envasado conteúdo extra, chegando a 5,7 ml por ampola. Esse volume, aprovado pela Anvisa, é suficiente para a extração das dez doses.

“Todas as notificações recebidas pelo instituto até o momento relatando suposto rendimento menor das ampolas foram devidamente investigadas, e identificou-se, em todos os casos, prática incorreta na extração das doses nos serviços de vacinação. Portanto, não se trata de falha nos processos de produção ou liberação dos lotes pelo Butantan”, diz a nota do instituto.

No ofício feito pela Anvisa, consta que o Butantan se pronunciou sugerindo que a causa do volume inferior seria um somatório de fatores, como a utilização de seringas com volume acima de 1 ml e técnica de aplicação inadequada. Com isso, a empresa protocolou junto à Anvisa alteração no texto de bula, incluindo a indicação da utilização de seringas de 1 ml para a aplicação da vacina e um QR code com tutoriais para profissionais de saúde.

O ofício acrescenta que “corrobora para a validade dessa hipótese o fato de que também há notificações de volume faltante referentes às vacinas Fiocruz/Covishield/AstraZeneca”. “Diante dos fatos apresentados, conclui-se que não há indícios que corroborem para a hipótese de que o IB [Instituto Butantan] esteja fabricando a vacina CoronaVac com volume inferior ao preconizado. Portanto tal hipótese foi descartada e as investigações referentes ao produto foram concluídas”, finaliza a Anvisa no ofício.

Com informações da Agência Brasil

Confira também

UBS Central funciona até 10 da noite para atender pacientes com sintomas de dengue

Os números da dengue continuam aumentando no município. De acordo com as informações atualizadas pela …

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *