segunda-feira , 25 novembro 2024
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Vereadora denuncia abuso sexual em unidade de saúde

Ela falou ainda sobre a estrutura da DDM para atendimento de ocorrências desta natureza; médico foi afastado

Ao final da sessão ordinária de terça-feira, 3, a vereadora Thaís da Silva Nogueira deu publicidade a uma ocorrência de abuso sexual praticado por um médico, contra uma paciente, dentro de uma unidade de saúde. Ela não revelou nomes, local, data e horário do caso, uma vez que, pela natureza da investigação, são inquéritos resguardados por sigilo.

A vereadora explicou que o caso ocorreu na semana passada e se deu com uma das integrantes do Coletivo Mulherio Rio Pardo.

“É um absurdo que num momento de fragilidade, onde a mesma foi procurar tratamento, o médico abusador, tenha se aproveitado da situação para tocar de forma abusiva e indevida em suas partes íntimas e ainda canta-la perguntando se poderia examina-la assim em um dia qualquer”, relatou a vereadora lendo uma Nota de Repúdio. “Além da quantidade de vezes em que houve questionamento do porque  a mesma entrou sozinha no consultório”, continuou.

Na nota lida em plenário, e posteriormente divulgada em rede social, a vereadora reclamou da falta de estrutura na Delegacia de Polícia e na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) para atendimento a casos desta natureza. “Nós sentimos muito por todo o difícil processo de denunciação. Visto o tamanho despreparo da Delegacia de Polícia, ao se negar fazer o boletim de ocorrência no dia do episódio, dizendo que o melhor era fazer através da delegacia da mulher, no dia seguinte”, leu, completando que a vítima teria pedido para ser atendida reservadamente, mas que não havia um local adequado.

De acordo do Thaís Nogueira, o médico foi afastado e o caso foi levado ao conhecimento do secretário da Saúde.

O profissional não é concursado da Prefeitura. É um prestador de serviços contratado e contra ele foi aberto processo administrativo. Neste caso, havendo conclusão para a penalização, pode ter seu contrato rescindido.

Boletim de Ocorrência

Em contato com a Delegacia de Polícia de São José do Rio Pardo, para levantar os questionamentos feitos pela vereadora em relação ao assunto, a reportagem apurou que, na data do fato, passava das 23 horas quando a vítima procurou o Plantão Policial, pedindo para falar com a delegada. O plantonista informou que a autoridade não se encontrava naquele horário e recomendou à vítima que retornasse no dia seguinte.

Conforme a atual estrutura das unidades de Delegacia de Defesa da Mulher, em todo o Estado de São Paulo apenas 11 (onze) funcionam em regime de plantão 24 horas – sendo 8 na Capital e as demais em Santos, Sorocaba e Campinas.

Em São José do Rio Pardo, o Plantão Policial presta o primeiro atendimento para casos de todas as naturezas e assim é realizado o registro das ocorrências – posteriormente é feito o encaminhamento conforme a especificidade. Quando se trata de violência contra a mulher, a ocorrência é encaminhada à DDM, e as oitivas são realizadas pela Delegada Dra. Paula Cassali Dezotti e pela escrivã Ana Carolina Gonzales, que dão seguimento e demandam abertura de inquérito para remeter ao Poder Judiciário.

Em relação ao questionamento feito no Plantão Policial, sobre a entrada da mulher sozinha no ambiente do consultório, foi observado que a pergunta é um procedimento comum, visando colher elementos para a ocorrência. No caso de haver testemunhas, elas são chamadas a colaborar na investigação.

Ainda de acordo com as informações, foi instaurado inquérito policial e o caso está sob investigação.

FOTO/Reprodução: A vereadora Thaís Nogueira também reclamou do atendimento na DDM

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1 Comentário

  1. O povo precisa aprender em quem votar, quem são as pessoas que elegem isso ai.

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