Empresa enfrentou queda na produção e cancelamento de pedidos no início da pandemia
O chocolate é uma das sobremesas mais queridas por todas as nações do mundo. O Brasil é o maior produtor de chocolate da América Latina e o sétimo país que mais produz cacau, movimentando R$ 20 bilhões dentro do território nacional. Assim como em todos os setores da economia, a pandemia causou impacto na indústria de chocolates no Brasil. O presidente da ABICAB (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas), Ubiracy Fonsêca, explicou em uma entrevista para o jornal “Edição do Brasil”, que entre os meses de janeiro a setembro de 2020, foi notada uma retração de 14,3% no que se refere a produção, o que mostra um impacto negativo da pandemia sobre o setor. Em contrapartida, a presença do produto nos lares durante esse período, foi de 90,1%, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Kantar, encomendada pela ABICAB.
O dia 7 de julho é marcado como “Dia Mundial do Chocolate”. Para falar sobre a data, a Gazeta do Rio Pardo contatou Paulo Eduardo Baizzi Moreira, representante da área industrial da tradicional fábrica de chocolates de São José do Rio Pardo, a Venezza.
A Venezza é uma empresa familiar, e foi fundada no ano de 1993 por Paulo Folharini Moreira e sua esposa Maria Aparecida Baizi Moreira. “A fábrica surgiu por uma paixão de meu pai pelo chocolate. Atualmente eu me dedico na area industrial e minha irmã Vitória atua na implantação de lojas próprias, como a ‘Tudo é Chocolate e Café’”.
A empresa é responsável por gerar cerca de 300 empregos temporários na época de Páscoa. Mas atualmente, a fábrica conta com 35 colaboradores fixos.
Tipos de chocolate
“O primeiro chocolate fabricado pela empresa, foi ao leite, no formato de um tatuzinho chamado Totulatu. Hoje produzimos um chocolate premium perto de Zurique, na cidade de Buchs, na Suíça, em parceria com uma indústria centenária de lá. A Venezza possui uma linha diversificada de produtos, Chocolates, Coumponds, Chocolates zero açúcares, zero lactoses, enriquecidos com proteínas e uma diversidade de bombons”, contou Paulo Eduardo.
O foco da empresa é atender indústrias e produtos de marca própria, prestando serviços para pequenas empresas, e até mesmo para multinacionais.
Exportação
De acordo com Paulo, no passado, a fábrica exportava através de clientes e marcas próprias, produtos para os Estados Unidos, ao lado dos melhores chocolates suíços e belgas.
Pandemia
O empresário comentou sobre as consequências trazidas pela pandemia com relação a queda na produção de chocolates. “O início do lockdown no estado de São Paulo, deu-se no período de Páscoa, o que acabou afetando inúmeras indústrias de chocolate no momento de suas safras. Foi um momento crítico, pois nossos estoques estavam cheios de matéria prima e embalagens. Durante esse período tivemos uma redução drástica da produção e cancelamentos de pedidos”, lamentou.
“Apesar da queda nas vendas, conseguimos manter todos os nossos colaboradores, não tivemos nenhuma demissão”, contou.
Segundo Paulo, atualmente a Venezza está recuperando suas vendas, e de acordo com a estimativa traçada pela empresa, no mês de julho o faturamento começará a normalizar. “Com isso, estimamos um crescimento de produção para agosto”, encerrou.
Contém informações do jornal “Edição do Brasil” e “Jornal de Brasília”