quinta-feira , 25 abril 2024
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Uma jovem empreendedora do setor de doces

Uma jovem empreendedora do setor de doces

Com apenas 20 anos, Milena Feliciano já vive de sua própria produção

 

Milena Feliciano seria apenas mais uma empreendedora local a relatar no programa Questão de Oportunidade (Rádio Cidade Livre FM) sua experiência bem sucedida, não fosse um detalhe diferenciado: ela é muito jovem. Tem apenas 20 anos, já é dona de seu próprio negócio desde o ano passado – Milena Feliciano Bolos e Doces – e deseja crescer neste segmento.

Indagada sobre quais seriam as preferências de seus clientes em relação aos doces, disse que os brigadeiros gourmet são muito requisitados, assim como os bombons (de morango, de uva etc). Esses, dentre outros, são muito procurados tanto por pessoas que querem algo para levar para casa, como por quem deseja fazer um aniversário ou uma festa com serviço de buffet.

A jovem produtora usa frutas vermelhas, nozes com nutella, faz brigadeiro de prestígio e, entre outras opções mais, brigadeiro de milho. Ela também diz que vende muito torta no pote, que, conforme explicou, é mais cremosa que o bolo no pote por ser bem mais molhada, ou seja, por ter mais recheio do que massa.

Milena começou sua história de empreendedorismo aprendendo, aos 16 anos, com duas confeiteiras da cidade, a arte da produção de bolos e doces. Uma tia dela, bastante experiente em produção de doces, foi de grande influência em sua vida nesse sentido, sendo a primeira confeiteira com quem aprendeu as primeiras noções básicas sobre o assunto. Era, porém, um trabalho não diário e sim mais de final de semana, suficiente para que Milena conseguisse alguns “trocados” para suas despesas pessoais. Nessa época ela sequer pensava em seguir isso como profissão.

Ideia definida

Foi, entretanto, com a segunda confeiteira que a ideia de trabalhar com doces e bolos foi se concretizando, até porque Milena passou a ser registrada e a ter mais responsabilidade – o trabalho era diário. A experiência foi importante para ela por envolver a produção de todo tipo de doces e bolos. No final de 2017 Milenajá estava decidida a abrir seu próprio negócio. Saiu do serviço, comprou utensílios e fôrmas necessárias para personalizar sua produção inicial e passou a oferecer para amigas o que começou a produzir.

“No final de 2017 eu fiz a minha página no instagram, no facebook, e a partir daí as pessoas começaram a conhecer o meu trabalho”, recordou a jovem, que admite: ainda tem muito o que aprender e tudo o que vem conseguindo tem lhe servido de experiência.

No final de 2018 ela já produzia panetones e chocotones trufados e recheados para sua clientela, a qual, a essa altura, já havia crescido significativamente. Milena expos e vendeu seus produtos no último Gulosos & Curiosos, realizado na Feira do Produtor em novembro, e fez muito sucesso.

 

Milena Feliciano com Henrique Torres: trabalho dela passou a ser conhecido pelo facebook

 

 

 

 

Jovens buscam no e-commerce a chance de empreender

 

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego entre os jovens no Brasil chega a ser o dobro da taxa geral: enquanto o número total de desempregados no país está em 12,4%, entre os jovens o percentual sobe para 26,6%. Buscando driblar esse alto índice de desemprego, os jovens estão enxergando no comércio eletrônico uma oportunidade: pesquisa realizada pela Loja Integrada – plataforma para criação de lojas virtuais mais popular do país com 800 mil lojas criadas – mostra que mais de 30% dos e-commerces brasileiros são comandados por jovens entre 20 e 29 anos.

Contrariando a crise econômica, o comércio eletrônico não para de crescer e a expectativa é que o faturamento seja de R$ 69 bi em 2018, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Além disso, o setor é um dos que mais emprega, só em 2016 foram criadas mais de 700 mil vagas no e-commerce.

Para Alfredo Soares, especialista em comércio eletrônico e diretor da Loja Integrada, é possível apostar no e-commerce sem correr grandes riscos. “Investir no comércio eletrônico é uma ótima oportunidade para as pessoas que estão desempregadas ou para quem deseja complementar a renda. Como o investimento inicial é baixo, o empreendedor pode começar o negócio com um pequeno estoque em casa, por exemplo”, explica.

Aposta dos jovens

Em 2016, a jovem Daniela Rodrigues estava prestes a se formar na faculdade de Administração e, com apenas 23 anos, sofreu preconceito ao tentar entrar mercado de trabalho. “A pouca idade e a falta de experiência, combinadas com a crise econômica, acabaram fechando as portas para mim. Além disso, não tive nem oportunidade de estágio – que era obrigatório na faculdade. Diante disso, vi que era necessário ter um ‘plano b’, foi então que decidi abrir uma loja virtual”, lembra.

Negócio de nicho

Daniela amava maquiagens e optou por criar um e-commerce nesse segmento, assim surgiu a Make For Me – https://www.makeformestore.com.br/. Além de conseguir uma renda e driblar o desemprego, a jovem usou a gestão da loja como relatório para o estágio da faculdade. Seu diferencial é apostar em um púbico nichado – jovens com a mesma faixa etária dela e também fãs de makes. “A loja é focada na venda de maquiagens com preços mais acessíveis e busca sempre trazer novidades para os clientes, que, inclusive, são meninas com mesma faixa etária que eu, isso facilita muito o atendimento.”

Segundo o especialista, as pessoas estão cada vez mais conectadas, confiantes e comprando pela internet. “A facilidade de montar uma loja virtual e a flexibilidade que o trabalho em casa proporciona são uns dos atrativos do e-commerce. Porém, para ter sucesso nas vendas é preciso planejamento, capacitação e dedicação, assim como qualquer negócio. No caso da Daniela, apostar em um nicho de mercado que se identifica foi uma estratégia certeira e pode ajudar a inspirar e dar mais motivação para o negócio”, ressalta Alfredo Soares.

 

Sobre a Loja Integrada 

Criada em 2014, a Loja Integrada é uma plataforma que oferece recursos para a criação de lojas virtuais – de maneira prática e intuitiva. Com mais de 870 mil lojas criadas, a empresa faz parte da VTEX e tornou-se uma das maiores plataformas gratuitas e a mais popular do Brasil. Já são mais de 10 milhões de produtos vendidos e faturamento total dos lojistas de mais de R$ 1 bilhão. Em 2017, a empresa conquistou o Prêmio E-bit de melhor plataforma na categoria para pequenos empreendedores e recebeu o Prêmio E-commerce Brasil na categoria “Tecnologia”.

 

 

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