Pressão surtiu efeito e governador voltou atrás na decisão de aumentar impostos de vários itens, mas não de todos
O “tratoraço” ocorrido na manhã do dia 7 de janeiro em dezenas de cidades paulistas deu resultado e o governador João Doria anunciou a revogação do aumento de 4,14% no ICMS para insumos agrícolas, incluindo energia elétrica, alimentos, medicamentos genéricos e outros produtos. Um dia antes do manifesto dos agricultores o governo já havia dito que revogaria esse aumento, que foi ampliado após o “tratoraço”, quando mais itens foram incluídos. Outros, porém, estão mantidos.
Em São José do Rio Pardo o “tratoraço” teve concentração em frente o Tartarugão, onde também aconteceu uma missa campal. Cerca de 70 ou 80 tratores estavam perfilados no local, além de carros, picapes e até alguns caminhões. Uma faixa de protesto foi colocada pelos participantes entre alguns tratores, defendendo a revogação do aumento do ICMS.
Em seguida, os participantes saíram em desfile de veículos pelas principais ruas da cidade, o que chamou a atenção dos moradores por onde os tratores passavam. Não houve incidentes e tudo transcorreu de forma ordeira.
Claudinei Minussi (Nei), presidente do Sindicato Rural de São José do Rio Pardo e um dos organizadores do “tratoraço” na cidade, afirmou que a intenção foi mais do que protestar. “É um repúdio às leis que ele (Doria) queria implantar contra a agricultura”, desabafou. “A agricultura hoje está levando o país nas costas e vem o Doria querendo impor esses impostos?”.
“E se o Doria não voltasse atrás nessa atitude dele, esse movimento iria se repetir neste mês ainda. Esses reajustes não prejudicariam só os agricultores, mas também o consumidor final, pois os produtores começariam a chegar mais caro para ele”.
Veja as imagens abaixo: