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Telhas solares (Imagem ilustrativa da internet)

Telha solar é a novidade para reduzir valor da conta de luz

Procura por projetos e orçamentos de energia fotovoltaica aumentou 80% 

O mercado de energia solar distribuída começou oficialmente no Brasil, no ano de 2012. Embora alguns consumidores já utilizassem essa tecnologia, a sua regulamentação só foi feita a partir da Resolução Normativa 482 de 2012. Ela foi a responsável por criar as regras da geração distribuída e é considerada como um marco legal da energia solar. A partir dessa resolução, a geração da energia solar passou a tornar-se viável para os brasileiros, que desde então podem conectar o sistema à rede de distribuição e gerar créditos solares a partir do excedente de energia. Esses créditos são compensados e reduzem o valor das tarifas de energia elétrica em até 95%.

Samuel Folchetti, engenheiro eletricista formado pela PUC Minas, graduado em engenharia civil pela Unip, com MBA em Gestão de Empresas pela FGV, e especialista em Extensão de projetos de Usinas Fotovoltaicas pela Unicamp, falou sobre a lei do Marco Legal da Geração Distribuída, sancionada em 7 de janeiro de 2022, e explicou sobre telhas solares, novidade que a empresa PD Energy está trazendo para São José do Rio Pardo. Além disso, o proprietário da empresa explicou como funciona o processo de instalação e quais os benefícios da energia solar.

Redução de custos

Segundo o engenheiro, a procura pelo projeto de energia solar é movimentada principalmente pela ânsia da população em reduzir o custo fixo com energia, que têm subido de maneira exorbitante durante a pandemia.

“O preço de instalação da energia solar, varia do consumo de cada pessoa. Por exemplo, se uma casa consome R$200,00 por mês, o cliente investirá em determinado valor. Uma empresa, que pode consumir R$1.000 por mês, terá um custo diferente. São projetos diferentes que atendem exclusivamente o consumo de cada um. Fazemos um projeto personalizado para o consumo dos clientes. Eles podem custar entre R$3.000, para uma casa tradicional, até R$60.000, no caso de uma residência que consome cerca de R$1.500 ou R$2.000 em energia”.

Samuel Folchetti, engenheiro e proprietário da empresa PD Energy, de São José do Rio Pardo

Segundo Samuel, uma das vantagens da energia solar, é que o cidadão não precisa investir recurso próprio no início da instalação. “Ele pode captar isso em todos os agentes financeiros, como Banco do Povo, Banco do Brasil, Sicredi, Sicoob, todos os agentes financeiros que estão operando hoje em São José do Rio Pardo, tem linhas específicas para cada perfil de consumidor”, disse.

“A partir do momento que o contrato for fechado, que a instalação for feita, em um mês esse equipamento já estará produzindo energia. No próximo ciclo de faturamento, a próxima conta de energia do cliente já virá com o benefício da redução. É muito rápido. Em um mês a redução na conta de luz já é perceptível”, completou.

Adesão

O engenheiro revelou que 1% das casas de São José do Rio Pardo já funcionam com energia fotovoltaica. “Quando falo em casas, me refiro a unidades consumidoras, que são residências, empresas, zona rural, indústrias, comércio. Com isso, 1% da potência instalada já tem adesão ao projeto de energia solar e sua geração na cidade”, afirmou.

Samuel foi questionado sobre como um munícipe pode prosseguir, caso tenha interesse na instalação do serviço, mas resida em uma casa alugada. “Se a pessoa morar em uma casa alugada e instalar o equipamento, quando ela se mudar, poderá leva-lo junto e reinstalá-lo. Funciona como se fosse um ar condicionado, mesmo que a casa seja alugada, a pessoa pode instala-lo e posteriormente, leva-lo embora para uma outra residência. Só terá que colocar um novo projeto na nova residência, regularizando na concessionária”, explicou.

Nova lei

O presidente Jair Bolsonaro sancionou, no dia 7 de janeiro, a lei do Marco Legal da Geração Distribuída, que fixa uma série de regras sobre a geração própria de energia, principalmente sobre subsídios. Apesar de abranger outras fontes, como a hídrica, esse tipo de geração é majoritariamente solar.

Quem já possui sistema solar ou quem instalar em até 1 ano depois da sanção da lei – ou seja, até 7 de janeiro de 2023 – continuará tendo o benefício. Quem entrar depois terá um regime de transição. Samuel comentou a mudança.

“Isso veio para consolidar de fato a energia solar. Hoje, estamos em cima de uma resolução da Aneel, que é uma autarquia federal, ela regula as concessionárias. A partir de janeiro de 2023, isso será uma lei e já estará estabelecido, depois desse período, não corre risco de alteração. Muita gente está pensando em migrar agora, porque fala que depois, não irá valer a pena. Mas a energia solar sempre valerá a pena. Hoje, a cada 1 quilowatt -hora que você produz com seu equipamento, você abate 1 quilowatt-hora da sua conta de luz, independente de qualquer coisa. A partir de janeiro de 2023, se gerar 1 quilowatt –hora, vai abater 0,75 quilowatt –hora da conta. Não é uma questão de taxação, mas sim que você terá que produzir um pouquinho mais, para compensar consumidores que não tem energia solar instalada em casa, aos serviços de manutenção internos das concessionárias. Continuará vantajosa”, informou.

De acordo com o engenheiro, a tarifa mínima que existe na rega atual, será extinta no ano de 2023. “Então apesar de ter que gerar um pouco a mais a partir do ano que vem para abater a conta, será possível zerar o valor, em condições específicas, mas será possível”, afirmou.

Aumento na procura

Em virtude da pandemia e do aumento nos custos ocasionados por conta da bandeira de escassez hídrica que está em vigor, muitas pessoas têm procurado projetos de energia solar. “ Estamos na bandeira vermelha, patamar 2, estamos com 14 quilowatts- hora a mais nas contas de luz por causa da escassez hídrica. Por este motivo, a demanda por orçamentos e projetos cresceu pelo menos 80% de setembro para cá”, revelou.

Telha Solar

Samuel contou sobre uma novidade no mercado de energia fotovoltaica, que têm sido uma opção viável e buscada por muitos brasileiros- a telha solar.

“A própria telha solar é um equipamento, que dispensa um painel, com ela não tem mais a necessidade de colocar um dispositivo a mais no telhado. A telha já vêm com uma tecnologia exclusiva, é um desenvolvimento nacional, com tecnologia nacional, é um equipamento que não vai ser atrelado ao dólar, o que é muito legal. O custo de um telhado com a telha solar, fica igual ou menor do que o custo de um telhado com painéis fotovoltaicos. Tudo isso torna essa opção atrativa para quem está construindo, inclusive a CDHU já tem projetos em Campinas para 80 casas que serão construídas a partir do segundo semestre desse ano, com telhas solares, que já vem com essa tecnologia de gerar energia na própria telha, sem a necessidade do painel sobre o telhado do cliente”, explicou.

“A PD Energy está trazendo essa novidade para São José do Rio Pardo, é uma exclusividade nossa. Já temos uma carteira de clientes com interesse nesse projeto. Vamos montar um showroom para as pessoas conhecerem este equipamento em nosso escritório”, comentou.

De acordo com o engenheiro, cada telha solar gera R$1,00 de redução na conta de luz. No entanto, se a intenção do consumidor é  reduzir R$300 reais na conta de luz, por exemplo, ele deverá colocar 300 telhas. “O telhado de uma casa média, por exemplo, que usa-se cerca de 1.500 a 2.000 telhas tradicionais, deverá utilizar 300 telhas solares, as outras podem ser comuns, que custam cerca de R$2,00 cada”, informou.


A telha solar custa cerca de R$300,00 por m², o que equivale a sete telhas.

O escritório da empresa PD Energy, fica localizado na rua 13 de Maio, sala 3, no Centro de São José do Rio Pardo. O telefone para contato é (19) 3681-6200.

IPTU Verde

São José do Rio Pardo possui uma lei chamada “IPTU Verde”, que prevê desconto no IPTU do munícipe que instalar projetos sustentáveis na residência, como o da energia solar, por exemplo.

“Essa lei é de 2017, foi bem elaborada, aprovada pela Câmara e está em vigor. No entanto, tem uma adesão muito baixa, a população não sabe sobre ela. E o desconto não é apenas referente a energia solar, mas a aquecedor solar, pessoas que coletam água para reuso, telhado verde, são dez estratégias sustentáveis. A medida que o consumidor vai adotando essas estratégias em sua residência, ele vai ganhando descontos proporcionais no IPTU”, encerrou.

Com informações do Portal Solar

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