terça-feira , 26 novembro 2024
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Painel utilizado para produzir energia fotovoltaica

São José tem mais de 300 unidades consumidoras de energia fotovoltaica

Engenheiro eletricista, Samuel Folchetti fala sobre funcionamento e custo-benefício da tecnologia

Samuel Folchetti, engenheiro eletricista e dono da PD Energy, empresa especializada em projetos de usinas solares fotovoltaicas que funciona em São José do Rio Pardo, foi convidado a participar do ‘Jornal do Meio Dia’, da rádio Difusora FM, no dia 22. Ele falou sobre o funcionamento do sistema fotovoltaico e seu custo-benefício. Samuel já atuava no setor de energias renováveis, eólica e hidroelétrica, há 15 anos quando decidiu ter sua própria empresa, inaugurada em 2015.

Energia fotovoltaica

“O nome energia solar fotovoltaica é um pouco difícil, mas a solução é muito simples. É um dispositivo eletrônico instalado em cima do telhado de uma casa, e esse equipamento vai produzir energia elétrica para a residência. Não é apenas aquele antigo aparelho que só esquenta a água, você pode usar a energia elétrica para qualquer coisa, em qualquer dispositivo eletroeletrônico poderá ser suprido esse consumo de energia elétrica na casa, indústria ou propriedade rural”, explicou.

Segundo Samuel, é um investimento que se paga de três a cinco anos, dependendo do tamanho do projeto. Existem linhas de acesso a crédito e financiamento específicas para a aquisição do equipamento. “Esse crédito você pode trocar sua conta de energia pela parcela do financiamento. Em três ou quatro anos você já não tem mais a parcela do financiamento e nem a conta de energia. Como é um equipamento que tem o retorno garantido, todos os agentes financeiros têm recursos disponíveis específicos para energia solar. Quem vai pagar o financiamento é a própria economia na conta de energia. Você troca a conta de luz por um financiamento, que tem um período previsto para acabar, então ele acaba em no máximo cinco anos, aí não tem mais conta de luz nem financiamento para pagar”, contou o engenheiro.

Ainda, de acordo com ele, é possível usufruir desse equipamento por 20 anos no mínimo. “A garantia de produção é de 25 a 30 anos”, completou.

Tipos de projetos

“Temos projetos instalados desde pequenos consumidores, como ‘Minha Casa Minha Vida’, que consomem até 200 reais por mês, até grandes indústrias e propriedades rurais, com contas de energia de R$ 20 mil a R$ 30 mil por mês. O projeto é indicado e é possível aderir ao sistema”, informou.

Funcionamento

No sistema fotovoltaico, a energia é gerada pelo sol. “Das 6h00 até às 20h00 o equipamento vai estar produzindo energia elétrica e injetando na casa. Se a pessoa for usar um ar condicionado, tomar um banho, usar a geladeira, ela vai utilizar essa energia que produziu instantaneamente com o sol. Caso não tenha nenhum equipamento, essa energia é injetada na rede da concessionária, ou seja, joga isso para a CPFL, e à noite a energia é buscada da CPFL sem custo nenhum. É uma troca de quilowatts, você não paga tarifa por utilizar isso”, disse Samuel.

O sistema da energia fotovoltaica pode ser ampliado a qualquer momento. “Se a pessoa pretende fazer uma mudança, se antes, quando ela contratou não usava ar condicionado, por exemplo, e resolve colocar depois, o sistema pode ser ampliado”, informou.

Economia

“A economia é real. Se a pessoa instala o equipamento para economizar R$ 200, obviamente existe uma oscilação porque existem meses com mais, outros com menos insolação, mas no próximo mês após adquirir o equipamento, já vai ter um abatimento”, afirmou.

Segundo ele, é possível investir em um equipamento de 12 mil a 15 mil reais para gerar uma economia de R$ 300 por mês. “Mas vai depender do telhado, se tem um direcionamento favorável, se não tem muito sombreamento, se ele tem uma inclinação legal, são alguns fatores que podem influenciar no valor”, contou.

Mais de 300 unidades

“São José já tem mais de 300 unidades consumidoras com esse tipo de equipamento instalado. A grande representatividade são residências, consumidores que gastam até R$ 800 por mês. Existe uma parcela interessante de produtores rurais, onde a energia elétrica ainda é um dos grandes vilões. Apesar de terem um subsídio do estado para o custo da energia, é o que mais impacta no custo e no resultado financeiro no final do mês”, explicou.

Instalação

“Assim que recebemos o material, em no máximo um ou dois dias, dependendo do tamanho da residência, o equipamento já é instalado. A concessionária demanda de um tempo de 15 a 20 dias para aprovar o projeto. Não é só ir até o local e instalar, temos tudo isso homologado e certificado antes, tanto na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) quanto na concessionária da nossa cidade (CPFL)”, disse o engenheiro.

Micro inversor

Samuel falou um pouco sobre a tecnologia dos micro inversores. “O maior mercado hoje é dos inversores centrais, que são equipamentos que comandam uma grande quantidade de painéis. Os micro inversores são mais indicados para casas que têm muitas águas furtadas, casas com mais elaboração arquitetônica, que cada telhado está em uma posição e uma inclinação. Nesse caso lançamos mão dos micro inversores, que são dispositivos que conseguem controlar e tirar o máximo proveito do sistema em cada uma dessas águas no telhado”, explicou.

Energia Solar

“A energia solar existe há muito tempo. Esse sistema de painéis fotovoltaicos, todos os satélites que estão em órbita, têm energia abastecida pelos mesmos painéis que temos aqui. A diferença é que lá em cima não existe camada de ozônio que bloqueie tanta injeção de energia nos painéis como aqui embaixo. Aqui os painéis têm um pouquinho menos de produção. Quando a tecnologia foi evoluindo, nos últimos 20, 30 anos, os painéis começaram a ficar mais eficientes, isso tornou viável que esses equipamentos fossem instalados nas residências”.

“No Brasil foi a partir de 2012 que se criou uma resolução. Quando a PD Energy entrou no mercado em 2015, era um pouco mais de 3 a 4 mil sistemas instalados no país todo, hoje já são mais de 350 mil em produção no Brasil”, encerrou.


Samuel Folchetti, dono da PD Energy durante a entrevista para a rádio Difusora

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