domingo , 5 maio 2024
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Santa Casa de São José do Rio Pardo

Santa Casa mantém apenas 1 leito de UTI Covid

Devido à baixa demanda, ala da enfermaria para atendimento de pacientes com coronavírus foi desfeita

Com a diminuição dos casos graves de Covid-19 e o fim da emergência de saúde pública no Brasil, muitos hospitais estão reduzindo o número de leitos específicos para cuidados com a doença. Na Santa Casa de Misericórdia de São José do Rio Pardo não é diferente. Durante o período mais crítico da pandemia, o hospital chegou a ter 30 leitos de enfermaria e 12 leitos para a UTI Covid.

O diretor técnico da Santa Casa, o médico Eliezer Gusmão, falou sobre a redução dos leitos e também comentou a situação das cirurgias eletivas no município, que precisaram ser paralisadas durante dois anos.

“A ala para atendimento da Covid-19 foi desfeita. O local que era usado como uma enfermaria para tratar esses casos, já voltou ao normal para internações cirúrgicas. Ficamos com um quarto reservado com um leito de UTI para Covid, para ter uma segurança e para atender um paciente que tenha convênio caso precise desse tipo de atendimento. Isso porque o governo fez em Casa Branca uma central de atendimentos de casos mais sérios de Covid. Então caso alguém tenha um quadro mais grave que necessite de uma UTI, será encaminhado para Casa Branca, que aceita apenas pacientes do SUS. O governo parou de enviar dinheiro para UTI de Covid-19 dos hospitais, agora teremos centrais de atendimento para esses casos graves”, relatou.

Segundo o diretor técnico, no pior momento da pandemia, tanto a ala da enfermaria quanto a UTI destinada a pacientes infectados chegaram a ficar lotadas.

“Temos pacientes internados com Covid no hospital hoje, mas não na fase aguda da doença. A maioria dos casos estão sendo tratados ambulatoriamente, raramente aparece um caso mais grave, quando surge, e está na fase aguda a pessoa fica separada para não contaminar os outros. Ás vezes um paciente é internado para tratar as complicações tardias da Covid, em que a fase de transmissão já passou. Nesse sentido fica em uma ala comum da enfermaria”, explicou.

O médico reforçou que com a chegada do inverno, a tendência é que aumente não apenas os casos de Covid-19, mas também de outras doenças virais. No entanto, ele não acredita em um novo surto com casos graves.

Cirurgias eletivas

Durante a pandemia as cirurgias eletivas, ou seja, aquelas que não são consideradas urgentes, mas programadas, precisaram ser adiadas. Eliezer contou como está a situação atualmente.

“Tivemos um período em que pararam com as cirurgias eletivas por causa da pandemia. Também houve uma época em que essas cirurgias ficaram paradas por um desacerto com a Secretaria Municipal de Saúde, mas agora elas já retornaram a normalidade. O dinheiro das cirurgias, quem paga é o SUS, não a Prefeitura. Mas o dinheiro não vai direto para a Santa Casa, o SUS envia para a Prefeitura e ela repassa para a Santa Casa, sempre foi assim. O hospital tem umas pactuações que tem obrigação de cumprir, e dentro disso, precisa fazer 30 cirurgias eletivas por mês, que são as programadas não urgentes”, explicou.

No entanto, segundo o diretor técnico, os números de cirurgias que já foram feitas, precisam ser revistos com cautela. “Muitas cirurgias foram feitas em caráter de urgência e na verdade eram eletivas. Muitas ficaram registradas como urgência, e os número precisam ser acertados para poder dar um parecer melhor nesse sentido, mas a Santa Casa sempre honrou com esses compromissos”, afirmou.

A Santa Casa conta com oito cirurgiões que atendem pela rede pública de saúde.

Segundo o médico, a demanda para cirurgias eletivas é grande e há uma lista de espera com muitas pessoas que estão aguardando para serem operadas. “ Temos uma lista de espera com muitas pessoas para operar, mas as coisas estão retomando e logo entraremos no eixo novamente”, disse.

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