terça-feira , 30 abril 2024
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Mantido com recursos que os municípios conveniados repassam ao Conderg, o Samu opera em dez cidades da nossa região

Prefeito contesta reivindicações dos funcionários do Samu

Como presidente do Conderg, diz que reajuste da categoria será deliberado na reunião de abril

O clima não é bom entre os servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o novo presidente do Conderg, o prefeito de São José do Rio Pardo, Márcio Zanetti. A categoria tem reivindicado melhorias estruturais e salariais, entretanto, reclama que não recebeu a devida atenção aos pleitos.

Mantido com recursos que os municípios conveniados repassam ao Conderg, o Samu opera em dez cidades da nossa região. Há alguns meses, informações da base local deram conta do sucateamento das unidades de resgate – inclusive falta de pneus. O problema também se apresenta em outras cidades, onde há relatos, também, da falta de insumos para atendimento às ocorrências, e condições precárias de alojamento. Para funcionários do Samu, a liderança do prefeito não tem conseguido dialogar com as prefeituras para melhorar o serviço.

Na última semana, em carta aberta encaminhada à mídia da região, assinada pelos colaboradores do Samu, a categoria expôs as reivindicações. O documento descreve que a defasagem salarial dos funcionários já está na casa dos 40%, desde que o serviço passou a funcionar em 2012, decorrente da não aplicação dos índices inflacionários e do ano em que não houve aumento em razão da pandemia.

“Em fevereiro desse corrente ano, tivemos uma reunião em Divinolândia, com o atual presidente do Conderg, Sr. Márcio Zanetti, onde o mesmo se prontificou no menor tempo possível solucionar o aumento do VA (vale alimentação) e a maior porcentagem possível sobre o salário”, explica a carta.

Em nova reunião no dia 3 de março, os funcionários disseram que não houve definição sobre o pleito do vale alimentação e que isso teria ficado para deliberação em abril, no colegiado de prefeitos.

“Começo a perceber que o Samu é a pedra no sapato de todos os prefeitos do consórcio, pois sai presidente e entra presidente e quando chega o assunto reajuste salarial a ‘novela’ é sempre a mesma”, observou o colaborador Fábio Aleixo, participante da reunião. Ele destacou que o tratamento dado ao mesmo assunto com os servidores do Hospital Regional foi outro. “Somos tratados de forma desigual, no Hospital em 30 dias tudo estava resolvido e no Samu pelo que observei será 90 dias (maio)”.

“Os Srs. Prefeitos sempre ‘glorificam o Samu’ como serviço de extrema importância, que adoram fazer carta de monção de aplausos para incentivar o profissional, mas se esquecem do pessoal; são colaboradores na grande maioria que se deslocam entre cidades, gastam combustível, pagam pedágio e manutenção de seus veículos sem ter 1 centavo de ajuda de custo”, diz trecho da carta.

Prefeito fala em relação tensa

Na quarta-feira (22), Márcio Zanetti foi às redes sociais falar do assunto e desqualificou as reivindicações dos funcionários. Em live, disse que não recebeu as reclamações de maneira formal e que vai tratar a questão de forma interna. Afirmou ainda que as reclamações têm sido feitas de forma maldosa.

“Chegou até mim reclamações relacionadas a correção dos salários, possível aumento do tíquete alimentação, que a gente quer corrigir o mais rápido possível. Essas questões foram pautadas na nossa reunião ordinária no dia 3 de março. Tínhamos funcionários do Samu assistindo, tinham ciência de tudo o que aconteceu e agora se dedicam a levar uma informação diferente da que obtiveram. Me nego a dedicar energia e atenção às pessoas que querem criar uma relação tensa”, comentou o prefeito, que desde janeiro é o presidente do Conderg.

“Ficou acordado que vamos deliberar e acredito que vai ser aprovado já na reunião de abril”, comentou, afirmando ainda que funcionários do Samu que estavam presentes não repercutiram essas informações.

O prefeito disse também que há expectativa de aumentar em 17% o repasse das prefeituras ao Conderg, para melhorar salários e condições de trabalho dos funcionários do Samu. Na reunião de abril, o colegiado de prefeitos deve deliberar sobre reajustar em 10% os salários da categoria, elevar de R$ 160,00 para R$ 320,00 o Vale Alimentação (VA).

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