terça-feira , 26 novembro 2024
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Fernando Passos e Gisele Flausino no estúdio da Difusora

Em uma semana, 19 casos de crianças com coronavírus foram registrados no município

Durante essa semana, 15 novos casos de covid-19 em crianças de 0, a maiores de 10 anos, foram confirmados no município até o dia 16 de dezembro.  Na quinta-feira, mais quatro casos foram registrados pela Vigilância Epidemiológica, totalizando 19 crianças infectadas, o que deixou as autoridades em estado de alerta. No dia 18 de dezembro, sexta-feira, Gisele Flausino, enfermeira responsável pela VE, e Fernando Passos, secretário municipal de gestão, comentaram sobre o aumento do contágio em crianças, e explicaram o novo decreto da prefeitura, proibindo reuniões e confraternizações com participação acima de dez pessoas.  

Casos em crianças

“Tivemos um aumento considerável de casos em crianças. Foram 15, em praticamente uma semana. Na quinta-feira, tivemos mais 4 casos, o que inteirou 19. Isso está acontecendo pelo momento que estamos vivendo de relaxamento da população. Mas ainda não temos uma resposta para a relação causal. Estamos investigando e monitorando esses aumentos, para saber o que pode efetivamente estar causando esse aumento de contágio nas crianças”, disse Gisele.

“Sabemos que no Brasil, desde novembro, observamos um aumento desses casos entre elas. Desde o começo da pandemia, 514 crianças até cinco anos de idade foram a óbito no Brasil por conta da pandemia. Sabemos também que a maioria das crianças são assintomáticas e apresentam casos leves, mas tivemos recentemente a notícia de uma síndrome multissistêmica, que acometeu mais de mil crianças, 320 eram bebês. Estamos em estado de alerta no município”, completou.

Bolha social

 “Existe essa relação causal por relaxamento dos pais. As crianças estão sendo contaminadas, então obviamente estão sendo mais expostas. Não é hora para frequentar festas, lugares públicos com crianças, algo que gere aglomeração. É preciso fazer uma bolha social e diminuir o contato das crianças com pessoas de fora da família. Não sabemos como a doença se dará em cada criança”, informou a enfermeira.

Aumento de casos

De acordo com Fernando, atualmente, a média é de 50 casos ativos, enquanto antes das eleições, eram cerca de 8. “Estamos vivendo um reflexo disso. Essa é nossa preocupação com relação as festas de final de ano, que vão refletir em crescimento de casos”.

Segundo Gisele, o município teve um aumento de testagem tanto na rede privada quanto pública. Desde testes de farmácias, a exames laboratoriais. Além disso, o aumento em resultados positivos também está sendo observado.

Decreto

Foi publicado no Diário Oficial da prefeitura essa semana, um decreto municipal que proíbe aglomerações, reuniões familiares, confraternizações neste final de ano, com mais de 10 pessoas.

“Essa determinação foi feita pelo Comitê de Crise. Além do municipal, o decreto estadual também menciona isso. O vírus continua se espalhando, o índice de contaminação no Brasil, está acima de 1.3, tem um crescimento. Aumentando essa contaminação, o convívio só vai causar mais casos, de maneira acelerada. É inevitável isso. Peço que as famílias passem pelo Natal e Ano Novo entre si, cada um na sua casa, sem aglomerações. A exemplo disso, nenhuma grande capital fará queima de fogos, até mesmo o Rio de Janeiro já cancelou. Não vai ter festa. Precisamos de um controle até que a vacinação comece”, destacou Fernando.

O governo de São Paulo havia anunciado no dia 11, novas medidas de controle da pandemia para atividades não essenciais em todas as regiões do estado. Diante disso, os bares estão encerrando o atendimento presencial às 20h, enquanto restaurantes e lojas de conveniência em perímetro urbano só poderão vender bebidas alcoólicas até as 20h e deverão fechar às 22h. Fernando comentou o decreto.

“Tivemos um questionamento do próprio Ministério Público com relação a discrepância entre nosso decreto e o estadual. Fiz uma cópia do estadual e enviei ao MP, onde ele ( decreto) recomenda o fechamento dos bares, não proíbe. A situação de São José, é que caso esses bares fechem, as festas privadas, em chácaras, residências, vão acontecer e sair do nosso controle, de nossa visão. Dentro dos bares, existe uma fiscalização por conta da prefeitura, não conseguimos fazer isso nas casas. Mas mesmo no perímetro urbano, não existe contingente para fazer uma fiscalização 100% efetiva. A população cansou, perdeu a consciência e a noção do risco”, acrescentou Fernando.

Bebidas alcoólicas

“O que o estado colocou e temos que obedecer, é a venda de bebidas alcoólicas até às 20h00. Isso prevalece e vale para bares e restaurantes. Vai depender da consciência dos empresários. Caso eles não respeitem e continuem vendendo após o horário, estarão sujeitos a multas pesadíssimas, que receberão da Delegacia Regional. As pessoas se reúnem em bares e restaurantes para beber, o que gera aglomeração. Então o objetivo é coibir isso a partir das 20h00”, encerrou o secretário.

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