A partir do próximo ano, alunos permanecerão mais tempo em quatro das escolas estaduais
Na última segunda-feira (12), o Governo de São Paulo anunciou a expansão do número de escolas de tempo integral no Estado. A partir de 2022, serão 778 novas unidades a integrarem o sistema totalizando 1.855 escolas com jornada estendida – um terço da rede.
No Estado de São Paulo, o Programa Ensino Integral (PEI) foi lançado em 2012 e até agora, fazem parte 1.077 escolas do ensino fundamental e ensino médio. O modelo segue o Plano Nacional de Educação (PNE), o qual prevê que 50% das escolas públicas sejam de tempo integral no Brasil até 2024.
O sistema é visto como uma estratégia para alavancar os indicadores de desempenho dos estudantes no Estado. Nas escolas de tempo integral, os alunos têm jornada de até 9 horas, com atividades complementares como preparação acadêmica e orientação de estudo. A medida também chega num momento importante, por conta da defasagem do ensino neste período da pandemia.
Em São José do Rio Pardo, nos últimos meses algumas escolas estaduais passaram por um processo de pesquisa acerca do tema, ouvindo a comunidade escolar: professores, profissionais de apoio, pais e alunos, a chamada comunidade escolar. A pesquisa teve por objetivo levantar a aceitabilidade e a necessidade da implantação do sistema.
Após as análises, foi definido que farão parte do Ensino Integral as escolas estaduais: “Natal Merli”, “Tarquínio Cobra Olyntho”, “Professor Jorge Luiz Abichabki” e “Dr. Cândido Rodrigues”.
Mas o PEI também enfrenta críticas de parte dos professores. Pela proposta, mesmo tendo gratificação correspondente a 75% do salário, os profissionais ficam restritos a atuarem em uma única escola, cumprindo jornada de 40 horas semanais, o que impossibilita, por exemplo, o emprego em outras cidades ou escolas da rede particular.
Férias e recuperação – Começou ontem, sexta-feira (16), o período de férias escolares para alunos da rede estadual, de acordo com o calendário letivo de 2021. Mas a Secretaria da Educação destaca que os estudantes que não atingiram desempenho satisfatório em português e matemática nos dois primeiros bimestres do ano, assim como os que tiveram frequência inferior a 75% nas mesmas disciplinas, deverão participar das aulas de recuperação intensiva.
As aulas acontecerão de forma presencial e com atividades pelo Centro de Mídias SP como forma complementar, a partir da segunda-feira, 19, até o dia 30 de julho.
Ainda de acordo com a Secretaria da Educação, para garantir a segurança alimentar dos estudantes, as unidades seguem abertas mesmo durante as férias para o fornecimento de merenda aos alunos mais vulneráveis. Podem se alimentar tanto os que estiverem frequentando as atividades de recuperação quanto os demais, que podem ir até a unidade, consumir a merenda e retornar para casa.
Volta em agosto
Conforme já divulgado, a volta às aulas no sistema presencial está liberada para universidades e escolas públicas da rede, a partir do dia 2 de agosto e novas regras passam a valer para as escolas.
As universidades poderão atender as turmas com o limite de 60% da ocupação e o distanciamento entre as carteiras das unidades escolares será de 1 metro.