segunda-feira , 7 abril 2025
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Gisele Flausino, enfermeira responsável pela VE, e Juliana Flausino, secretária municipal da saúde

Coronavírus: Pós- feriado preocupa autoridades por possível aumento dos casos

Atualmente 24 crianças testaram positivo para Covid-19, com prevalência dos casos nas de 4 a 5 anos de idade

Na sexta-feira, dia 11 de setembro, Gisele Flausino, responsável pela Vigilância Epidemiológica, e Juliana Flausino, secretária municipal da saúde, fizeram um balanço da situação do município com relação a pandemia do novo coronavírus. As entrevistadas forneceram dados importantes sobre a doença em São José do Rio Pardo.

“Ainda não temos a visibilidade de controle da doença na cidade, pelo contrário, nós ainda não atingimos nem a estabilidade, e também não podemos dizer que estamos atingindo o platô como todo mundo espera. O que tivemos nas duas últimas semanas foi uma diminuição na média de casos por dia. Antes tínhamos 14 positivos por dia, nessa semana tivemos uma média de 10 casos diários. Ainda estamos com uma preocupação com relação ao pós- feriado. Acreditamos que irá refletir de forma negativa, até mesmo por conta de tudo o que vimos em várias cidades e em todo o país com relação a liberações, aglomerações, praias, ranchos, churrascos familiares. Temos que aguardar”, disse Gisele.

 “No pós Dia dos Pais chegamos praticamente no limite da capacidade de atendimento. Agora as coisas estão melhores, mas ainda não estamos tranquilos, e nem em fase de relaxamento”, contou Juliana.

Dados estatísticos

“Permanecemos com uma relação de casos positivos dos que não estão sendo internados nessas duas últimas semanas, ainda de um público jovem. De 40, até 52 anos. Temos principalmente casos de adolescentes e jovens. Atualmente 24 crianças testaram positivo para Covid-19, de todas as faixas etárias, mas prevaleceram crianças de 4 a 5 anos de idade. Temos uma média de 8 crianças dessa idade que testaram positivo. Esse é o cenário fora do hospital. Em casos de internação, é o público idoso. Isso nos preocupa muito com relação ao desenho, a como vai se comportar o organismo do idoso que já é debilitado, muitos têm outras comorbidades, e já são um grupo de risco. Estamos preocupados com isso. A positividade ainda está maior nos jovens, porém, as internações são dos mais idosos. Provavelmente os jovens é quem estão levando o vírus para casa e transmitindo aos avós, tios e pais”, relata Gisele.

“Podemos afirmar que 96% dos nossos casos são leves, o que nos preocupa são os 4%. Cerca de 3% podemos considerar como casos moderados, que são os que precisam de hospitalização, e 1% dos casos consideramos graves, onde nossa taxa de letalidade é alta”, completou a secretária.

“Das 19 mortes que tivemos na cidade, a prevalência foi na faixa etária de 80 a 89 anos, seguido de 70 a 79”, destacou a enfermeira Gisele.

Queimadas afetam

“A questão das queimadas, além de ser muito grave em todos os aspectos, principalmente ambiental, estamos há muito tempo sem chuva, passando por um período muito seco. No quesito saúde, as queimadas acabam sendo um agravante porque desencadeiam manifestações respiratórias que podem deixar o organismo mais sensibilizado, mais debilitado. Não podemos dizer que ela prejudica diretamente a situação da covid, mas acaba sendo um agente facilitador, por fazer que o organismo fique mais sensível no aspecto respiratório”, informou.

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