Cidade não recebe o inseticida para a nebulização desde o ano passado
A população de Mococa continua preocupada com a epidemia de dengue no município, que só este ano já havia feito os primeiros 100 casos oficiais da doença até a última terça-feira, dia 21. Esse total deverá ser ultrapassado até o final desta semana, quando ficaram de chegar à Vigilância Epidemiológica da cidade os últimos resultados de análises laboratoriais de suspeitos da doença.
De 1º de dezembro de 2019 a 7 de janeiro, como a Gazeta informou em sua edição anterior, foram 125 casos oficiais, sem contar que no primeiro semestre de 2018 o total chegou a 234 casos. Ou seja: há três anos consecutivos Mococa vive uma epidemia da doença.
Segundo a Vigilância Epidemiológica, a cidade não recebe o inseticida para nebulização desde o ano passado. Na época, o Ministério da Saúde informou que o fabricante recolheu 105 mil litros do inseticida para testes e ensaios de qualidade.
De acordo com informações divulgadas esta semana pelo G1, o Ministério da Saúde diz que já iniciou a distribuição de 139 mil litros do inseticida para todos os estados do país e que esse quantitativo é superior ao que já foi liberado em períodos críticos, como em 2016, quando foram enviados 121 mil litros.
A nota disse ainda que o “uso do adulticida é a última estratégia de enfrentamento ao problema da zika, dengue e chikungunya, visto que, nesta fase, o mosquito já atingiu a fase adulta”.
Casos de dengue
De acordo com a responsável pela Vigilância Epidemiológica de Mococa, Joana Barreto, a epidemia anunciada em junho do ano passado ainda não foi contida.
“Estamos trabalhando para atender todos os pacientes e conseguir notificar todos os casos, mas são muitos. Estamos trabalhando para quantificar e reverter a situação”, disse.
Segundo Joana, os casos de 2020 serão somados aos do ano passado. Os números de dezembro ainda não foram contabilizados e, por isso, ainda não há o número total da epidemia.
Atendimento
Para atender os pacientes, a prefeitura criou a unidade sentinela na Vila Lambari, que funciona das 8h às 22h. Os casos suspeitos são encaminhados para os médicos do local.
“O movimento é bem intenso, mas criamos esse espaço para atender exclusivamente os pacientes com a doença, é bem movimentado”, confirmou Joana.
Além da unidade, a cidade também intensificou a aplicação de larvicida nos bairros onde a incidência de criadouros é maior, como na Vila Santa Rosa, e faz mutirões e bloqueios frequentemente desde o ano passado.
Na região, este ano
Veja como estão os casos de dengue nos primeiros 20 dias de 2020: Cidade | Casos confirmados |
Conchal | 62 |
São João da Boa Vista | 21 |
Casa Branca | 16 |
Santa Cruz das Palmeiras | 9 |
Araras | 9 |
Rio Claro | 8 |
Aguaí | 5 |
Pirassununga | 4 |
Trabiju | 4 |
Vargem Grande do Sul | 3 |
Araraquara | 1 |
Descalvado | 1 |
Motuca | 1 |
São José tem 6 casos confirmados e 8 que aguardam resultado
Segundo informações enviadas à Gazeta do Rio Pardo por Gisele Cristina Santos Flausino, enfermeira coordenadora da Vigilância em Saúde de São José do Rio Pardo, até quarta-feira, 22 de janeiro, o município tinha 5 casos confirmados autóctones de dengue (ou seja, a pessoa foi contaminada na cidade pelo mosquito transmissor) e um importado (a pessoa adquiriu a doença em outro lugar), totalizando seis (6). Há ainda oito (8) casos aguardando resultado laboratorial.