sexta-feira , 19 abril 2024
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Médico e diretor técnico da Santa Casa - Eliezer Gusmão

Cidade fechou a semana com UTI Covid vazia

Mortes de idosos imunizados com as duas doses da vacina tem intrigado a população

Segundo divulgado pelo boletim epidemiológico, o município registrou 41 novos casos de Covid-19 ao longo da semana, além de 3 óbitos, de pessoas idosas com 83, 85 e 86 anos de idade. Até sexta-feira (13) a UTI Covid estava sem internações, e 5 pacientes de São José do Rio Pardo estavam sendo tratados na enfermaria. O médico e diretor técnico da Santa Casa de Misericórdia, Eliezer Gusmão, fez um balanço quinzenal sobre a situação da Covid-19 no município, e falou sobre o fato de idosos já vacinados terem falecido em decorrência da doença, o que tem intrigado muitas pessoas. 

“Aqui no município, nos últimos dias, foram registrados alguns óbitos de idosos, atribuídos à Covid. As comorbidades contribuíram no caso dessas pessoas irem a óbito. Mas o que temos visto, é que tivemos uma queda considerável de internações após a vacinação dos idosos, porém agora tivemos um aumento nos óbitos desses pacientes. Com isso, fica aquela dúvida com relação a eficácia da vacina”, observou.

Eliezer mencionou que mesmo com os casos de óbitos em pessoas já imunizadas, a vacina não deixa de ser eficaz contra o desenvolvimento da doença.

“Ela é eficaz, mas não existe nenhuma que garante 100% de cobertura. Ainda assim, todas elas tem uma eficácia, umas maiores, outras menores, mas são eficazes. Tanto que os números estão aí, é possível perceber a melhora nos casos. Mas alguns estudos mostram que talvez a imunidade causada pela vacinação não seja tão duradoura. Como esses idosos tomaram a vacina há 6, 7 meses, pode ser que essa imunidade comece a cair”, pontuou.

Duração da imunidade ainda é incerta

O médico reforçou que apesar da queda na estatística de mortes, óbitos em decorrência do coronavírus serão inevitáveis, já que as vacinas não oferecem 100% de eficácia. “Mas isso não significa que as pessoas tenham que desacreditar da vacina. Elas devem continuar se vacinando. Esses casos de morte sugerem que talvez realmente precise da terceira dose para reforçar a imunidade. As pessoas estão acostumadas a tomar vacinas duradouras, como do sarampo, tétano, poliomielite. No caso da vacina contra a Covid, é algo muito novo, por isso estamos tendo muitos estudos, tudo depende do tempo, e ainda não tivemos. Só o tempo vai nos mostrar quanto irá durar a imunização de cada vacina”, disse.

Reinfecção

Segundo Eliezer, é possível que uma pessoa reinfectada pelo vírus apresente sintomas mais severos do que na primeira contaminação. Mas tudo depende da carga viral, da cepa, e do sistema imunológico de cada um. “São muitas variantes e é difícil afirmar, mas não quer dizer que a reinfecção sempre será pior.  Pode ser até mais branda”, completou.

Dengue

Durante a entrevista, o médico foi questionado sobre o fato das pessoas estarem esquecendo da existência da dengue, epidemia recorrente todos os anos em vários lugares do Brasil.

“A dengue é uma doença do verão. São raríssimos os casos no inverno. O frio excessivo ajuda a evitar os mosquitos e insetos em geral. Acredito que os casos tenham diminuído, e tenha ocorrido também uma subnotificação, por conta da Covid”, encerrou.

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