terça-feira , 23 abril 2024
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Mãe da criança contou que bebê caiu de seu colo em uma curva (Foto: Vitor Naressi/Repórter Naressi)

Pai de menino de 6 meses atropelado em rodovia é preso por homicídio

Jovem de 18 anos foi levado para a Cadeia Pública de Pirassununga (SP).
Mãe da criança, de 15 anos, permanece em uma casa de acolhimento.

Mãe da criança contou que bebê caiu de seu colo em uma curva (Foto: Vitor Naressi/Repórter Naressi)
Mãe da criança contou que bebê caiu de seu colo
em uma curva (Foto: Vitor Naressi/Repórter Naressi)

Fonte: Do G1 São Carlos e Araraquara

O pai do menino de 6 meses atropelado no domingo (24) na Rodovia Deputado Ciro Albuquerque (SP-225), em Pirassununga, foi preso por homicídio culposo e levado para a Cadeia Pública da cidade. A mãe da criança, de 15 anos, permanece em uma casa de acolhimento porque sua família ainda não foi localizada.

Em entrevista por telefone para a produção da EPTV nesta segunda-feira (25), a delegada Tatiane Cristina Parizotto informou que a criança caiu do carro em uma curva. Pelos depoimentos dos pais, a porta do Fusca abriu acidentalmente, o bebê caiu na pista e foi atropelado.

O corpo do menino foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) e o Conselho Tutelar está tentando localizar parentes para realizar a liberação. Caso ninguém seja encontrado, o bebê será enterrado em Pirassununga.

Relato da mãe
A reportagem da EPTV esteve no local do acidente e conversou com os policiais militares que atenderam a ocorrência. Segundo os PMs, a mãe e o pai do menino, bastante abalados, contaram versões diferentes sobre o episódio. Ela relatou que teria ajudado o pai a empurrar o carro com a criança no colo. O menino teria caído e sido atropelado pelo próprio pai. Já o pai disse que o menino teria caído com o carro em movimento e outro veículo que seguia pela rodovia teria atropelado o menino e fugido.

No plantão policial, cada relato gerou um termo de declarações. A mãe do bebê afirmou que ela e o companheiro estavam voltando de Dois Córregos para a casa de familiares em Pouso Alegre (MG) e de lá seguiriam para Itanhandu (MG). Todos estavam sem cinto de segurança e ela estava no banco da frente com o filho no colo. De acordo com o boletim de ocorrência, o rapaz não possui Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Em determinado momento, o pedal do acelerador quebrou e o carro parou. Seu companheiro fez um reparo com arame e conseguiu colocar o Fusca no acostamento da pista contrária. O pai decidiu fazer o carro pegar “no tranco” e a jovem desceu com o bebê no colo para ajudá-lo.

Quando o carro funcionou, ela correu para sentar no banco, mas o veículo acelerou muito e não deu tempo de fechar a porta. Na conversão para a pista contrária, a porta abriu totalmente, ela perdeu o equilíbrio e o bebê caiu de seus braços.

A jovem disse que sofreu escoriações com o desequilíbrio e que não sabia se o companheiro tinha atropelado a criança com a roda traseira ou se o filho tinha sido atingido por outro carro.

Disse ainda que ela e o companheiro correram para socorrer a criança, ficaram no meio da pista para que ninguém passasse pelo menino e começaram a pedir ajuda.

Relato do pai
Já o jovem de 18 anos contou que tinha ido com a família a Dois Córregos para vender enxovais e toalhas e que, em uma subida, o carro parou.

Ele percebeu que o cabo do acelerador tinha arrebentado e amarrou um pedaço de arame para o carro funcionar. Depois disso, conseguiu virar o Fusca, parando no acostamento da pista contrária, embaixo da sombra de uma árvore.

Segundo o rapaz, a mulher ficou sentada no banco do passageiro com o bebê no colo enquanto ele empurrava o veículo e, quando o carro funcionou, ele correu para o volante. Ao fazer a curva, a porta do passageiro abriu, a mulher se desequilibrou e o menino caiu dos braços dela no meio da pista.

 

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