terça-feira , 26 novembro 2024
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A posse e utilização de arma de fogo continuam provocando polêmica no país (Reprodução da Internet)

Enquete do jornal: 55% dos rio-pardenses são a favor da liberação das armas

No Facebook, 187 internautas votaram até sexta-feira, sendo 45% contrários a liberação de porte e posse de armas 

A polêmica questão da liberação de armas no Brasil, cujo decreto editado recentemente pelo presidente Jair Bolsonaro ainda pode ser suspenso pelo Senado Federal, está repercutindo entre os leitores da Gazeta do Rio Pardo. O jornal criou uma enquete em sua página no Facebook, para saber a opinião dos rio-pardenses a respeito desse assunto polêmico.

Enquanto na pesquisa nacional mais recente do Ibope, mais de 70% dos brasileiros mostraram-se contrários à posse e porte de armas, na enquete do jornal com seus leitores internautas o resultado foi diferente: das 187 pessoas que votaram até a última sexta-feira, 7 de maio, 55% dos munícipes que interagiram com a enquete são a favor do decreto de legalização do porte e posse de armas. Sendo assim, 45% foram contrários. Ou seja, 102 pessoas disseram ser favoráveis e 85 votaram contra.

Defesa

A internauta Lucia Camillo explicou o motivo de ter votado a favor do decreto do presidente. “Acho que temos que ter direito a defesa, já que com o estatuto do desarmamento só quem tem armas são os bandidos! Fui criada em uma época que todas as famílias tinham armas em suas residências, nem por isso vivíamos em uma cena de bang bang. Moro sozinha, se tivesse condições financeiras com certeza adquiriria uma arma pra minha defesa, lógico que tomando todas as atitudes necessárias para isso”, opinou.

É contra

Jonathan Faranha é contra a legalização e argumentou. “Eu levo sempre em consideração o argumento de que “em outros países é liberado e dá certo”, porém, no Brasil, sabemos que se tivermos nossa CNH cassada, conseguimos comprar outra, de forma ilegal, sem passar por avaliações ou qualquer outro método de reciclagem. O que nos faz pensar que com licença para armas seria diferente? A quantidade de munição, para caçadores também é algo assustador. O limite pode se expandir para 5 mil munições por mês, mais de 13 “balas” por dia”, explicou.

 Senado

Os projetos de decreto legislativo que suspendem os efeitos do decreto sobre armas editado pelo presidente Jair Bolsonaro serão analisados na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) na próxima quarta-feira, dia 12.

O relator, senador Marcos do Val, fez uma complementação de voto na reunião do Senado da última quarta-feira, dia 5, sem mudar sua convicção pela rejeição dos PDLs (Projetos de Lei), e um pedido de vista coletiva adiou mais uma vez a votação da proposta.

Eram cinco PDLs que pediam a suspensão dos efeitos do decreto presidencial editado em janeiro para regulamentar a compra de armamento e munição e liberar a posse de armas para diversas categorias, como políticos, advogados e agentes de trânsito.

No fim de maio, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) apresentou outro (PDL 322), para sustar também a nova versão do decreto de Bolsonaro, publicado em maio para alterar o de janeiro.

Por Júlia Sartori 

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