Nutricionista dá orientações sobre alimentação
Tamires Gomes lembra que a obesidade desencadeia doenças e dá sugestões importantes
Tamires Olímpio Gomes, nutricionista, confirma: a obesidade desencadeia várias doenças como diabetes, elevação da pressão arterial, problemas hepáticos, cirroses, etc. E se antes havia mais mulheres obesas que homens, hoje em dia isso está negativamente equilibrado, além do crescimento no número de crianças obesas.
A nutricionista lembra que existem parâmetros para avaliar se uma pessoa está ou não obesa, sendo o mais usado o IMC (Índice de Massa Corporal), ou seja, o peso dividido pela altura ao quadrado. A circunferência da cintura também é avaliada para detectar doenças cardiovasculares.
Lembra a nutricionista que a obesidade pode ser, por um lado, uma mutação genética no FTO (gene que predispõe pessoas ao problema); por outro lado, há fatores que contribuem para isso, como inatividade física (sedentarismo), consumo excessivo de alimentos gordurosos e industrializados.
“Temos que priorizar uma alimentação mais saudável, diminuindo o consumo de gorduras, de alimentos industrializados e gorduras trans. Costumamos dizer que precisamos desembalar menos e descascar mais. Importante também fracionar mais a alimentação, comendo de cinco a sete refeições por dia, evitando assim que se tenha fome”, sugeriu.
Quem come três refeições do dia costuma comer em excesso no almoço e no jantar, o que também predispõe a pessoa a acumular mais gordura ruim no organismo. Tamires sugere os alimentos que tenham gordura boa, como abacate, azeite, amendoim, além de produtos com ômega 3 (carne de peixes, pães integrais, etc), legumes, vegetais e, principalmente, água.
Hormônios
Grelina, também conhecida como o hormônio da fome, e a leptina, o hormônio da saciedade, também foram citados pela nutricionista ao ser questionada sobre a influência da ansiedade no peso corporal. Ela lembrou que as pessoas obesas deveriam ter maior saciedade, mas por terem mais gordura corporal, apresentam maior resistência ao segundo hormônio e acúmulo do primeiro.
“Obesos têm mais fome e menos saciedade”, sintetizou.
Ela não recomenda, porém, as dietas muito restritivas porque diminuem o metabolismo, prejudicam a função hormonal e a pessoa entra na menostase. “A pessoa começa a patinar na dieta e não emagrece porque o metabolismo começa a cair”, alertou.
Tamires já atendeu gente em sua clínica que perdeu peso rápido demais e, com isso, sua função hepática ficou prejudicada, com danos ao fígado. Ao final da entrevista ela reiterou: o importante é ter uma alimentação saudável, com frutas, legumes, verduras, arroz, feijão e até mesmo doces na sobremesa, desde que ingeridos moderadamente.
Tamires Olímpio Gomes: dietas muito restritivas podem comprometer o fígado