O comerciante Chilinho possui em seu estabelecimento mais de 500 fotos expostas e guardadas
Possuindo mais de 500 fotos, Chilinho as coleciona pela sua paixão por coisas antigas
Com um vasto estoque de fotografias antigas em seu estabelecimento, o relojoeiro Antônio Nasser Neto, o Chilinho, de 49 anos, que mora em São José do Rio Pardo, exibe nas paredes da loja, entre porta-retratos, histórias contadas em preto, branco e colorido, como uma forma de expressar sua paixão por coisas antigas.
Ao lembrar do pai, Antônio Nasser Filho, falecido há 14 anos, o comerciante conta que o amor pelas fotografias surgiu devido a ele. “Umas eram do meu pai. Ele tinha um pouco de foto e eu ampliei o negócio dele. Eu gosto de coisa antiga. Gosto de carro antigo, de casa antiga. O novo é bonito, mas o antigo me atrai mais. Coloquei uma, duas, chamou a atenção e agora eu loto. Vi que deu certo, todo mundo gosta. Faz 14 anos que meu pai morreu, e eu tenho isso desde quando ele era vivo.”
Com uma boa clientela, o relojoeiro revela que muitos de seus fregueses levam fotos na loja. “Eu tenho bastante freguês, então eles trazem as fotos para mim, eu tiro cópia e depois as devolvo. Uma pessoa de Divinolândia levou umas 20 fotos, e depois as trouxe de volta tudo certinho. Muita gente vem na loja só para ver as fotos.”
Sendo mais de 500 imagens que retratam a história da cidade, além de personalidades, como por exemplo, uma fotografia e um autógrafo da cantora Ângela Maria, que o relojoeiro ganhou de um cliente, algumas muitas delas ficam ‘escondidas’ dentro de um envelope e também armazenadas em um pendrive, pois não há espaço suficiente na loja para acomodá-las. “Estou com 500 e poucas fotos. Não dá para colocar todas na loja porque não cabe. Tenho num pendrive 540, fora aquelas.”
Em meio a tantos retratos, Chilinho ainda comenta gostar mais da foto da antiga Estação Ferroviária do município. “Eu gosto da foto da Estação. Tenho muita saudade da estação, do tempo do trem. Achei um pecado fazerem aquilo com a estação.”
Fonte: Gazeta do Rio Pardo – Por Marina Camacho