segunda-feira , 19 maio 2025
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Eliezer Gusmão, cirurgião do aparelho digestivo

Exames rotineiros ajudam a prevenir câncer do aparelho digestivo

Tumores no pâncreas e no esôfago são considerados os mais graves, mas tratamentos avançam

No Brasil, o câncer de estomago é o terceiro mais prevalente entre os homens e o quinto nas mulheres. No geral, os cânceres do aparelho digestivo são os mais comuns do planeta. O câncer de estômago também é chamado de câncer gástrico. O tipo adenocarcinoma é responsável por cerca de 95% dos casos de tumor do estômago. Outros tipos de tumores, como linfomas e sarcomas, também podem ocorrer no estômago. Os linfomas são diagnosticados em cerca de 3% dos casos. Sarcomas são tumores raros, iniciados nos tecidos que dão origem a músculos, ossos e cartilagens.  Já o câncer colorretal é um dos mais frequentes na população brasileira. Nas mulheres, é o 2º mais comum, e nos homens, ocupa a 3ª posição.

O médico e cirurgião do aparelho digestivo, Eliezer Gusmão, falou sobre o tema nesta semana.

Órgãos atingidos

“Existe uma renovação celular muito grande nas mucosas que são a parede do intestino, para que uma nova célula possa substituir a outra. Com isso, às vezes ocorre uma mutação e um aparecimento de câncer. Os cânceres do aparelho digestivo incluem o estômago, esôfago, colón, reto, pâncreas. São comuns na sociedade”, declarou.

Melhoria no tratamento

Eliezer explicou que com a tecnologia, os tratamentos melhoram a cada dia, e existem protocolos padronizados que os médicos devem seguir. “Há um consenso mundial que ocorre a cada dois anos, são reunidas todas as evidências de tratamento, e chega-se à conclusão sobre os melhores tipos. A cada dia são aprimorados. Posso dizer que cerca de 75% dos cânceres do aparelho digestivo são curáveis”, afirmou.

“Quanto ao câncer de intestino, que pega mais o cólon, intestino grosso e reto, o índice de cura melhorou muito, as quimioterapias, técnicas cirúrgicas, terapias monoclonais, radioterapia. Tudo isso tem melhorado muito”, completou.

Menor cura

O médico citou alguns cânceres que exigem um tratamento mais difícil, e que possuem uma pequena chance de cura. “Alguns infelizmente têm um prognóstico muito ruim, como o de esôfago. Ele dá sintomas tardios, a cirurgia é difícil e ele dá metástase com facilidade. O câncer de estômago teve o prognóstico melhorado, apesar de ser difícil. Já o de pâncreas continua sendo fatal, o nível de cura é baixíssimo, a maioria deles é maligno”, declarou.

Prevenção

O especialista mencionou a importância da população realizar exames rotineiros para prevenir doenças como o câncer. “Pelo menos acima dos 35 anos, as pessoas precisam ter o costume de fazer uma rotina de exames anuais, para saber se está tudo certo. Hoje em dia é possível fazer um rastreamento com marcadores sorológicos para vários tipos de câncer. Um exame simples como a pesquisa de sangue oculto nas fezes, também pode ser realizado. Com isso, a pessoa já pode saber se está desenvolvendo um câncer no intestino ou não. Ultrassom abdominal também pode ser feito. Esses exames já podem ajudar a ter um diagnóstico precoce”, encerrou.

Doenças mais comuns

Durante a entrevista, o médico também comentou sobre as doenças do sistema digestivo mais frequentes na sociedade, levando em conta sua experiência clínica.

“A gastrite é uma das doenças que mais acomete as pessoas. Esofagites, úlceras gastroduodenais, colites, constipações intestinais crônicas, pedra na vesícula, síndrome do intestino irritável que é um distúrbio funcional do intestino que vem aumentando muito nos últimos dois anos, talvez por conta da ansiedade e estresse que as pessoas estão vivendo, são as mais frequentes”, afirmou.

Segundo o médico, o refluxo também é uma doença comum e debilitante, pois piora a qualidade de vida da pessoa acometida.

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