O zootecnista da Casa da Agricultura, Rodrigo Vieira de Morais, informou esta semana ao jornal que a queda no preço do tomate, verificada nos últimas dias, já era esperada em decorrência da lei da oferta e procura. Tendo ocorrido, nas últimas semanas, mais oferta, aconteceu a redução nos preços ao produtor e ao consumidor final.
Segundo Rodrigo, nossa região é caracterizada pela olericultura, ou seja, pela área da horticultura que abrange a exploração de hortaliças e que engloba culturas folhosas, raízes, bulbos, tubérculos, frutos diversos e partes comestíveis de plantas. “A nossa lavoura de inverno está toda com produtividade de boa para ótima”, assegurou. “Então está tudo sem doença, a lavoura está sem doença, está limpinha e o clima está muito bom, havendo uma expectativa de alta produtividade”.
“Essa alta produtividade deverá também ter qualidade muito boa dos produtos aqui no município e na região. Com isso, alguma variação de preço acontecerá por conta da oferta e da procura aqui na região”, previu o zootecnista, que consultou produtores antes de fornecer ao jornal essas informações.
Ainda segundo ele, é esperado que, em determinadas culturas, o agricultor venha a perder dinheiro por ter plantado pouco ou colhido pouco. Em contrapartida, se o preço de tais produtos subir enquanto ele ainda os tiver para a venda, esse produtor ainda terá condições de recuperar os gastos e, no final, chegará ao que Rodrigo chama de “normalidade”.
Um produtor de tomate explicou ao zootecnista que, tradicionalmente, o frio do inverno faz com que o produto perca qualidade e, com menos oferta, suba de preço no mercado ou fica com valor estabilizado. “Mas este ano isso não vem ocorrendo porque as lavouras de tomate estão muito boas e há muito tomate no mercado”, sintetizou.
Quanto ao alto preço da cebola, Rodrigo diz que o que ocorre é que surgiu “uma pequena janela de oportunidade no mercado, somente isso”.