Moradores de Casa Branca (SP) reclamam do serviço de transporte coletivo oferecido na cidade. Ônibus lotados e rampas de acesso a cadeirantes que não funcionam são alguns dos problemas. O Ministério Público abriu inquérito para investigar o contrato de concessão da empresa responsável pela frota.
A prefeitura informou que não recebeu nenhuma denúncia ou reclamação sobre os ônibus nos canais oficiais de comunicação, mas a ocorrência será averiguada em conjunto com a empresa que realiza o transporte coletivo.
Dificuldades
Um passageiro cadeirante não conseguiu embarcar no ônibus porque a rampa de acesso não funcionou. Um vídeo flagrou o momento em que o motorista tentou acionar o sistema e não deu certo. Ele então sugeriu ao passageiro que aguardasse o próximo veículo.
Na segunda tentativa, o motorista também não conseguiu acionar a rampa. Na terceira tentativa, o motorista nem sequer parou.
A EPTV, afiliada da Rede Globo, acompanhou o aposentado e cadeirante Sérgio Murilo até o ponto de ônibus para esperar o transporte. Mais uma vez não foi possível embarcar no coletivo.
O local onde é considerado ponto de ônibus tem apenas uma placa, não há cobertura nem espaço para os passageiros aguardarem sentados.
“Quase todas às vezes que eu vou pegar circular está com defeito”, reclamou o aposentado.
Investigação
O município de Casa Branca possui quatro veículos de transporte coletivo, sendo três na área urbana e um nos distritos.
A principal reclamação do motorista Rodrigo Canatto é em relação ao descumprimento do contrato, assinado no primeiro semestre do ano passado, e que ainda não é cumprido na íntegra.
” O sistema de GPS que tem que ter monitores dentro do ônibus para a pessoa saber onde estão os outros ônibus para ser mais fácil. A câmera tem lá atrás, mas não são todos que têm. Lá na frente, se um ladrão entrar, não tem segurança nenhuma nem para o motorista”, explicou Canatto.
O Ministério Público abriu um inquérito civil para investigar o caso. A prefeitura e a empresa licitada para prestar o serviço são alvos da investigação. O objetivo é saber se houve ou não descumprimento de contrato de concessão do transporte público.
De acordo com a denúncia, a empresa venceu a licitação, mas deixou de atender os requisitos do contrato. O documento de maio deste ano foi prorrogado em 180 dias para conclusão das investigações.
O motorista espera que, caso a situação não melhore, seja feita uma nova licitação. “Com uma empresa competente assumindo o cargo”, disse.
Fonte: G1