terça-feira , 26 novembro 2024
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Região registra média de 25 novos casos diários de internação hospitalar

Com o aumento da ocupação de leitos de UTI e internações na região de São João da Boa Vista, a Gazeta do Rio Pardo, em parceria com a rádio Difusora, preparou uma nova entrevista com o dr. Benedito Westin, diretor regional de Saúde, responsável pela DRS XIV. Ele confirmou a elevação preocupante dos casos diários de internação hospitalar em toda a região, lembrando que até recentemente a média era de 10 e agora subiu para 25. O diretor falou também sobre os parâmetros que podem levar a regressão ou progressão da região no Plano SP.

70% de ocupação

“Nossa região vinha com uma certa tranquilidade na questão de ocupação de leitos. Durante toda a pandemia, até o mês de janeiro, nós não ultrapassamos 50% da taxa de ocupação de leitos de UTI. Do dia 9 de fevereiro em diante, chegamos a ter uma média de 70% em toda a região.  Isso é muito preocupante quando vemos que em todo o estado isso está crescendo, e alguns lugares já tiveram uma explosão do número de casos e precisaram transferir doentes para hospitais da região. Apesar disso, por enquanto ainda temos garantia de assistência nos hospitais”, ressaltou.

De acordo com o diretor de saúde, desde o dia 9 de fevereiro a região começou a registrar uma média de 25 pacientes novos por dia, internados entre UTI e enfermaria. Na segunda, terça e quarta-feira desta semana o número caiu para 20, o que, segundo ele, ainda é considerado alto. “Antes tínhamos uma média de 10 pacientes internados, o número dobrou”, alertou. “Nós trabalhamos a região como um todo. Ela tem 20 municípios e temos leitos de UTI em São José do Rio Pardo, Mococa, São João da Boa Vista, Espirito Santo do Pinhal, Mogi Guaçu, Mogi Mirim e Itapira”.

Alguns leitos em cidades da região foram ampliados para atender pacientes com Covid-19. São 96 leitos ao todo, separados só para doentes desse tipo. Na quinta-feira, 18 de fevereiro, quando houve a entrevista, 58 deles estavam sendo utilizados.

Fatores para mudança de fase

“O que influencia para regredirmos ou progredirmos de fase no Plano SP, é a taxa de ocupação de leitos de UTI, número de internações, de óbitos e casos novos”, lembrou o diretor.  

Benedito disse que enquanto a região estiver na mesma situação, ele não acredita na possibilidade de progressão para a fase amarela. “Isso até seria meio preocupante se acontecesse. O maior problema é que a população abandonou o isolamento, quanto maior for a liberação, mais as pessoas irão relaxar”, concluiu.

Variante brasileira

“Além de Araraquara, tivemos casos da variante brasileira em Águas de Lindóia, que pertence a DRS de Campinas. O estado como um todo está em alerta com essa nova cepa”, contou.

O exame que identifica a nova variante, segundo dr.Westin, é a genotipagem, uma análise do DNA do vírus, realizada no laboratório Adolf Lutz, o mesmo que atende toda a região com exames laboratoriais da Covid-19. “Eles utilizam alguns critérios que levam a crer que é a nova cepa. Um dos critérios é saber se a pessoa viajou para Manaus, ou se teve contato com quem viajou para lá”, acrescentou.

Vacinação

“Estamos para receber novos lotes de vacina ainda essa semana. Acredito que algumas cidades da região conseguirão iniciar a vacinação dos idosos a partir de 80 anos antes do dia 1º de março. Isso vai depender da velocidade de entrega das doses para cada município”, pontuou.

O diretor regional informou que a DRS não fica com doses em estoque, ela recebe e envia aos municípios (que não é o caso de São José do Rio Pardo, que recebe as doses de forma direta).

“O cálculo da quantidade de doses, principalmente para os idosos, é feito com base na avaliação do Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) e também pela quantidade de vacinas que foram utilizadas na campanha da gripe. Em São Sebastião da Grama, por exemplo, as doses já acabaram porque foram eficazes em aplicar os imunizantes”, contou.

Até dezembro

Benedito acredita que demore até dezembro para imunizar a maioria da população. “Quanto aos resultados da vacinação, a resposta com relação a doença, até o segundo semestre acredito que já teremos resultados”, declarou.

Escolas

Segundo Dr. Benedito, a DRS não recebeu nenhuma notificação de contágio diretamente em escolas, após o retorno das aulas presenciais.

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