terça-feira , 26 novembro 2024
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Abastecimento começa a normalizar, mas ainda há pontos de bloqueio de caminhoneiros nas estradas

Segundo reportagem do G1, o abastecimento de combustível começa a normalizar nesta terça (29) em algumas cidades do país no 9º dia da greve de caminhoneiros, mas ainda há pontos de bloqueio e grupos seguem pressionando para que carretas parem nas estradas.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que a greve “deixou de ser apenas uma crise de abastecimento” e agora atinge direitos fundamentais.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que a continuidade da greve tem um cunho político.

No ES, um comboio que ia buscar ração para aves e suínos foi interceptado e obrigado a parar. Em SP, na Régis, veículos de carga também são impedidos de seguir, de acordo com a concessionária.
As distribuidoras de combustível dizem que têm 80 liminares para voltar a operar, mas são impedidas pelos grevistas. Os caminhões-tanque precisam de escolta policial para sair das distribuidoras e abastecer postos em estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Paraíba e Distrito Federal.

Na BR-116, no Ceará, os caminhões seguem no acostamento na Região Metropolitana de Fortaleza. A Polícia Rodoviária Federal disse que mais de 30 caminhoneiros deixaram o ato no km 18 – alguns pedem para ser escoltados pela polícia. “Dizem que 30% querem ir embora e não estão sendo liberados. Eles não liberam a saída. Os que querem sair são carros de entrega e não estão liberando”, disse um caminhoneiro que preferiu não ser identificado.
No Espírito Santo, um comboio de 50 caminhões que saiu para buscar insumos para a alimentação de aves e suínos foi interceptado por manifestantes em Brejetuba e não conseguiu seguir.

A Associação Brasileira de Proteína Animal, que representa o setor de aves e de suínos, afirma que 1 bilhão de aves e 20 milhões de suínos estão em risco com a greve em todo o país porque não recebem comida suficiente.

Em Goiás, só carros e ônibus passam pelos 78 pontos de bloqueio nas rodovias do estado. O Sindicato dos Transportadores Autônomos e Cargas diz que os caminhoneiros que ainda estão nas estradas não pertem à entidade. Em Aparecida de Goiânia, os manifestantes tentatam parar carretas com gás e combustível que estavam escoltadas pela Polícia Rodoviária Federal na BR-153. Um homem pulou na frente e obrigou o caminhão a parar. O comboio conseguiu seguir em frente.

No Paraná, há quase 300 pontos de protesto nas estradas e os caminhieiros liberam somente algumas cargas, como oxigênio e combustível. Ao menos 23 caminhões identificados com adesivos da Defesa Civil – que deveriam ser liberados – foram apedrejados em rodovias e no pátio de um frigorífico no estado. Os casos foram registrados entre domingo (27) e a noite de segunda-feira (28).

No Rio Grande do Sul, cinco caminhões-tanque tiveram as mangueiras cortadas por manifestantes quando chegavam à Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. De acordo com a Brigada Militar a ação aconteceu na noite de segunda-feira (28) quando os caminhões passavam próximos de um protesto, que reuniu cerca de 1 mil pessoas.

Em São Paulo, a Autopista Régis Bittencourt, concessionária que administra a rodovia, disse que caminhões e veículos com carga estão sendo parados pelos caminhoneiros. O tráfego está sendo liberado somente para veículos de passeio, ônibus, ambulâncias e viaturas oficiais.

O Batalhão de Choque foi usado para liberar a saída da refinaria Replan, em Paulínia, interior de SP. Desde segunda (28), os grevistas faziam um bloqueio exigindo notas fiscais aos condutores de carretas de combustível e gás, mesmo sob escolta da polícia, para verificar o destino delas.

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