terça-feira , 26 novembro 2024
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O comércio local, mesmo com a Covid-19, mantém boa parte dos empregos na cidade

Sindicato anuncia números preocupantes sobre as demissões na crise da pandemia

Ocorreu a perda de 177 vagas de trabalho em abril, segundo dados divulgados pelo CAGED e Fecomércio

São José do Rio Pardo tinha em janeiro deste ano 12.149 vagas de trabalho, segundo dados oficiais do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho) e da FecomércioSP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo). Essas vagas de trabalho incluem todas as atividades econômicas do município, incluindo as industriais, comerciais, os prestadores autônomos de serviços, os diaristas etc.

Izonel Tozini, presidente do Sincopar (Sindicato do Comércio Patronal de Rio Pardo e Região), tendo em mãos dados dos dois órgãos, explica que em abril foram admitidas 134 pessoas ao mercado de trabalho no município. Em compensação, com o agravamento da pandemia, houve naquele mês a demissão de 311 pessoas, ocorrendo assim a perda de 177 vagas.

Apesar disso, São José do Rio Pardo contabilizou, de janeiro até março e início de abril (último mês com dados oficiais do CAGED, já que os números de maio ainda não foram divulgados), um total de 12.179 vagas de trabalho. Assim, ao final dos primeiros três meses e início do quarto houve até um acréscimo de 30 vagas de trabalho em relação ao número de janeiro. Isso, porém, foi afetado pelas demissões ocorridas em abril e, possivelmente, pelas de maio, ainda não contabilizadas oficialmente.

“De janeiro até abril a nossa cidade está com um ganho de 30 vagas e está diferente de várias outras”, confirmou Tozini. “Da relação que tenho aqui com mais de 80 cidades com bases sindicais, só umas 10 é que estão positivas e, entre elas, São José do Rio Pardo”.

Maio assusta

Caso o levantamento do CAGED confirme o cenário nacional quanto ao desemprego, o mês de maio vai mostrar um aumento significativo de demissões como reflexo de maior rigor no controle das atividades econômicas, em especial nos setores do comércio e serviços, os mais afetados pela crise.

A Fecomércio, ainda segundo Tozini, divulgou um balanço financeiro e econômico dos 72 dias de comércio fechado na capital paulista. De acordo com a Federação, do início do fechamento à reabertura parcial ocorrida agora em junho houve um prejuízo de R$ 16 bilhões no varejo paulistano.

Segundo a estimativa da Fecomércio, essa perda significa 6% do faturamento estimado para todo o ano de 2020, correspondendo a um prejuízo de R$ 220 milhões por dia e apenas 30% do total das vendas diárias previstas para o período.

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