Ligando Vila Maschietto ao João de Oliveira, passarela foi retirada depois que virou problema com moradores de rua
Sem uma política de combate às drogas ou para a recuperação dos dependentes químicos, a administração de São José do Rio Pardo encontrou uma maneira de reduzir a circulação dos usuários de entorpecentes que frequentam a região da “Matinha”, nos fundos da Vila Maschietto: mandou derrubar a passarela de madeira que interliga a Perimetral ao bairro João de Oliveira Machado.
A passarela foi obra da última gestão do ex-prefeito Celso Amato, construída para facilitar a vida dos pedestres entre os bairros João de Oliveira e Vila Maschietto – garantindo a passagem de trabalhadores, moradores, estudantes da atual Emeb “Professora Ada Parisi” (e antiga EE “Professor Jorge Luiz Abichabki”).
A demolição da passarela foi anunciada na terça-feira pela liderança do Executivo na Câmara e os procedimentos para a execução do serviço começou nesta sexta, 26 de agosto.
A retirada da passarela passou a ser discutida depois que, no mês passado, a vereadora Lúcia Libânio foi assaltada por um transeunte, possivelmente frequentador da “Matinha”. Antes disso, o bairro João de Oliveira teve outros registros policiais, relacionados a furtos, mas a questão da ponte não recebeu atenção.
Segundo informações levantadas pela reportagem, há cerca de três semanas, após o ocorrido com a vereadora, guardas municipais estiveram no local, acompanhados de um servidor ‘voluntário’, iniciando a destruição da passarela – que ainda era bastante utilizada por moradores dos bairros. Com a precarização da ponte, os moradores dos bairros Jardim Eunice, João de Oliveira, Colinas São José e Vila Verde, que utilizavam a passarela, tiveram de encontrar alternativas.
Na semana passada, a questão da ponte tomou parte nas discussões dos vereadores. Na ocasião, cobraram um posicionamento da Prefeitura em relação ao assunto, sugerindo que alguma medida fosse adotada. A expectativa era de que fosse realizada uma reforma.
A Prefeitura ainda não anunciou nenhum plano para a retirada dos adictos da Matinha, e nem se vai criar algum programa para a recuperação dos usuários de drogas.