terça-feira , 26 novembro 2024
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Gilmar Donizete da Cruz comanda a Polícia Militar na cidade

Pandemia influencia e 2020 termina com 174 furtos e 16 roubos a menos que 2019

Mas homicídios e acidentes de trânsito em 2020 foram os pontos negativos

Gilmar Donizete da Cruz, subtenente da Polícia Militar, disse que a pandemia cooperou para que em 2020 houvesse uma queda no número de furtos em São José do Rio Pardo. “Tivemos uma queda bem acentuada em relação a 2019. A gente acreditava que a pandemia elevaria os furtos, mas tivemos 174 furtos a menos em 2020, principalmente em residências”, confirmou.

Ele ressalvou, porém, que o que cresceu em 2020 foram os furtos de fios, quer em casas ou prédios em construção, quer na zona rural. “E é muito difícil a gente combater esse tipo de furto em zona rural porque ela é muito extensa em Rio Pardo”, justificou.

Quanto aos roubos, que na linguagem policial sempre envolvem o uso de armas ou violência, 2020 também foi melhor que 2019: foram 16 roubos a menos no município. “É uma queda também grande em relação ao ano anterior”, comparou.

Gilmar mencionou outra ocorrência com dado comparativo e que sempre preocupa os rio-pardenses: furto de veículos. “Tivemos 14 furtos de veículos a menos em relação a 2019, enquanto roubo de veículos (envolvendo arma ou violência) foi um a menos”.

Homicídios

O comandante da Polícia Militar admitiu que os homicídios ocorridos em São José do Rio Pardo no segundo semestre de 2020 foram um ponto negativo em relação aos cinco ou seis anos anteriores. “Mas foram homicídios que não têm como a polícia evitar, pois aconteceram dentro de residências e entre familiares”, observou.

Efetivo, viaturas e o combate às drogas

São José do Rio Pardo tem hoje 26 policiais militares, cinco viaturas e duas motocicletas. Gilmar considera isso bom, mas não ideal, principalmente porque a ocorrência mais comum é o tráfico de drogas.

“Esse é um problema mundial e impossível de combater por completo. Aqui, a topografia de São José, por causa dos morros, dificulta o policiamento. Nas biqueiras, eles (traficantes) conseguem ver as viaturas a uma grande distância, sem contar que hoje tem celular e whatsapp, o que acaba dificultando muito o trabalho da polícia. A tecnologia veio para ajudar, ajuda muito a gente, mas há certas coisas que ela atrapalha”, comentou.

Ele explica que, em decorrência da pandemia, os menores envolvidos no tráfico não estão sendo apreendidos para evitar aglomerações, desde que não sejam reincidentes. Os reincidentes são recolhidos. “Mas muitos desses que não foram apreendidos correm o risco de sair um mandato de busca e apreensão, quando passar a pandemia, e serem recolhidos para cumprir a pena deles na Fundação Casa”, advertiu.

Acidentes de trânsito

Com 38 mil veículos registrados no Detran, São José do Rio Pardo tem um índice alto de acidentes de trânsito. Gilmar atribuiu isso a vários fatores: excesso de carros e motos em circulação, imprudência ao volante, dirigir mexendo no celular e algo peculiar à cidade – paralelepípedos.

“Nesta época de chuva aumentam muito as colisões decorrentes disso. A pessoa freia o carro no piso de paralelepípedo molhado, o carro desliza e mate no que está à frente. Basta um chuvisqueiro para aumentar a quantidade de acidentes de trânsito porque o piso molhado requer ainda mais atenção do motorista. O morador de Rio Pardo sabe que isso acontece, mas muitos dirigem com celular na mão e, quando vê um perigo à frente, pisa no freio, o carro desliza e acontece o acidente”, explicou.

No final da entrevista, concedida a Luis Fernando Benedito, Gilmar agradeceu aos policiais militares pela dedicação e à população pela consideração que tem para com o destacamento policial em São José do Rio Pardo.

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