Ele está em andamento, mas previsão de término, agora, é para agosto de 2021
O Projeto Vida Longa, que está em construção no local situado entre os bairros Maria Maldonado e Jardim dos Ipês, não parou, embora o ritmo das obras também tenha sido afetado pela pandemia. Houve certo atraso no início em função de problemas com moradores próximos, que não queriam a derrubada de 70 árvores, mas isso foi contornado. O projeto foi revisto, as principais árvores foram conservadas e ele vem tendo andamento. Terá 26 moradias, com previsão de término das obras em agosto de 2021.
Entrevistado para o jornal por Luis Fernando Benedito, o secretário Daniel Tardelli, da Assistência e Inclusão Social, lembrou inicialmente que a proposta do projeto é acolher idosos que tenham autonomia (para cozinhar, tomar banho, etc) e não tenham mais vínculos na cidade na qual estejam. Ou seja, eles não podem estar acompanhados de familiares, nem ter problema de saúde que os impossibilite de cuidar de si mesmos.
“Se, no decorrer de sua permanência em alguma casa do projeto, o idoso tiver, por exemplo, um derrame e não puder mais cuidar de si, ele terá que ir para o Asilo, que a gente chama de Instituição de Alta Complexidade e Longa Permanência. O projeto é para aqueles ou aquelas que estão sem vínculos afetivos e em situação de vulnerabilidade”, ressalvou Daniel.
Ele fez uma observação importante quanto ao critério de escolha de quem poderá morar nesses imóveis, quando estiverem prontos: “Essas moradias que estão sendo construída dentro do projeto Vida Longa não serão sorteadas. É um empreendimento da Prefeitura em parceria com o Estado, onde a pessoa passará por uma triagem social para ver se ela se enquadra dentro dos requisitos para residir no Vida Longa. Ficará lá até o final de sua vida, mas se houver algum imprevisto como o que mencionei, é evidente que ela será transferida. Nunca a casa será da pessoa”, explicou.
Daniel observa que, com os atrasos ocorridos no início das obras e depois em função da pandemia, o projeto só será concluído daqui 1 ano. De qualquer forma, a promessa do governo do Estado é entrega-lo mobiliado e ainda com uma ajuda de custo de R$ 15 mil mensais para a Prefeitura, para serviços de manutenção.
Moradores de rua: Pevi e imóveis do antigo S.O.S. talvez os acolham
Indagado sobre a situação dos moradores de rua em São José do Rio Pardo, Daniel Tardelli admitiu que este é um assunto que o preocupa continuamente e ainda mais agora, com a pandemia. “Temos alguns casos na cidade em que a assistente social, a psicóloga e eu, pessoalmente, já fui até conversar com a pessoa. Ele não é do nosso município, tem deficiência e não quer voltar para o seu município de origem. O governo federal disponibilizou recurso para este tipo de ação, fizemos então um plano de trabalho e estudamos fazer uma reforma nos prédios do antigo S.O.S. Além disso, o Pevi se dispôs em acolher 15 pessoas. Já mandamos o projeto para a Câmara Municipal, para que o Pevi, que já tem know how nesse tipo de trabalho, possa assumir esse compromisso e assim teremos condições de acolher esses irmãos em situação de rua”, afirmou.
O secretário acredita que atualmente, entre pessoas originárias daqui e os que vêm de outros municípios, haja cerca de 60 moradores de rua na cidade. Daniel lamentou a dificuldade para alugar imóvel em São José do Rio Pardo com a finalidade específica de acolher pessoas assim e disse torcer para que dê certo uma reforma nos antigos imóveis do S.O.S.
“A gente sabe que esses moradores de rua também dão muito trabalho. Nem sempre eles obedecem as regras e, consequentemente, alugar uma casa que comporte 15 pessoas e de preferência que seja na região central é difícil, até porque entre os moradores de rua pode haver rivalidades e até brigas. Mas o trabalho está avançando, com apoio da Câmara Municipal, e a Teresinha (Pevi) está muito disposta, com sua equipe, a acolher esses necessitados”, concluiu.