Entre nomeações e exonerações, desde o início do atual mandato já são 17 as mudanças no secretariado
Confirmando publicação veiculada em Gazeta do Rio Pardo, na edição do último dia 12 de novembro, a professora Mariana Panizza Ferreira da Silva Locatelli assumirá oficialmente, em janeiro próximo, a Secretaria Municipal da Educação, em substituição a Luís Carlos Caruso, segundo secretário a deixar a pasta, em menos de dois anos da nova gestão – a primeira foi Ana Beatriz Feltran Maia.
Os motivos para a saída de Caruso não foram explicados, entretanto, desde que entrou, ele enfrenta problemas judiciais, decorrentes de um processo de improbidade administrativa, por suspeita de superfaturamento na compra de um ônibus escolar usado, fato ocorrido no ano de 2011, quando também esteve à frente da pasta.
Além disso, o diálogo dele com professores da rede não vinha sendo considerado agregador e, para piorar, houve um grande desgaste na Educação que respingou na gestão de Márcio Zanetti, em função da promessa não cumprida de entregar uniformes aos estudantes da rede.
A nova secretária, até algumas semanas ocupava a função de coordenadora de educação básica no Colégio Unigrau, de onde saiu para assumir o novo emprego.
Paulo Boldrin na pasta mais importante da administração
O farmacêutico Paulo Boldrin assumiu, na segunda-feira (21), a Secretaria Municipal de Gestão Pública, em substituição a Daniela Perussi, que comandava a pasta desde fevereiro de 2021.
A troca confirma o que já havia sido noticiado pelo jornal, também há duas semanas. A ex-secretária, que tem graduação em administração, foi exonerada segundo portaria publicada na edição de segunda-feira (21) do Diário Oficial do Município.
No seu primeiro ato como chefe da Gestão, participou da audiência pública sobre o Orçamento 2023, na noite de terça-feira (22). Na ocasião, recebeu cobranças sobre a elaboração da reforma administrativa.
Pouca habilidade
Paulo Boldrin, coordenou a campanha de Márcio Zanetti, e ficou conhecido por sua associação a uma página de Facebook, que criticava serviços municipais e políticos da cidade.
Depois da campanha, ele foi o escolhido para comandar a Saúde. O período em que ele chefiou a Saúde oficialmente – de janeiro a dezembro de 2021 – foi marcado pela saída de vários médicos especialistas, das equipes de atendimento da rede, por discordâncias com a gestão do secretário. A pouca habilidade dele para o diálogo e articulação, também levou a desentendimentos com a Santa Casa.
Mesmo deixando a Secretaria de Saúde em janeiro de 2022, Boldrin continuou mandando nas ações da pasta, nos bastidores. Com isso, Isabel Navega, que o havia substituído, ficou pouco no cargo.
A atual secretária, Andrea Estevan – que segundo consta encontra em período de afastamento por questão de saúde, também recebia ordens de Paulo Boldrin, que determinava inclusive a nomeação de servidores aliados para postos de chefia em setores da pasta.
Após o afastamento de Andrea Estevan, atualmente quem responde interinamente pela Secretaria de Saúde é o próprio prefeito, contudo, a parte administrativa tem à frente a coordenadora Roberta Marin.