terça-feira , 26 novembro 2024
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A maior parte das árvores foi preservada para preservação ambiental

Limoeiro vira o mais novo condomínio de São José do Rio Pardo

Afastada do centro, a antiga Vila da CESP já pode ser tida como bairro nobre da cidade

Um dos lugares mais bonitos de São José do Rio Pardo e que, por uma série de dificuldades, ficou durante anos abandonado, está agora voltando a ser frequentado, após passar por uma série de mudanças promovidas pelos proprietários que insistiram em permanecer no empreendimento: o Limoeiro. Não a usina Limoeiro, que é da AES Tietê (antiga CESP), mas o Clube Limoeiro, também chamado antigamente de Vila da CESP, que a partir das mudanças está virando condomínio. E, sem qualquer exagero, ele passa a ser agora o mais novo “bairro” da cidade.

Casa já reformada e com amplo jardim no terreno espaçoso

Sua área toda tem 125 mil metros quadrados ou cinco (5) alqueires de terra, os quais eram originalmente da CESP (Centrais Elétricas de São Paulo).  Boa parte das casas ali existentes, construídas para acolher funcionários e diretores da antiga empresa, tem uma estrutura física invejável em termos de resistência, tendo sido feitas com tijolos largos e maciços. A CESP acabou leiloando a área e os adquirentes formaram então o Clube Limoeiro.

O tempo passou e, apesar de toda a beleza do lugar, o Clube Limoeiro fracassou e fechou as portas. Sobraram dívidas, pendências e muitos problemas a serem resolvidos, embora a maior parte dos proprietários ainda tivesse conservado o imóvel e as benfeitorias à espera de alguma solução. As questões burocráticas, os impostos a pagar e os custos de manutenção representavam um problema que parecia insolúvel. Alguns deles chegaram a desistir do empreendimento.

Regularização

Segundo Osvaldo Pinto, uma equipe de proprietários manteve o objetivo   de  insistir pela  regularização do empreendimento e a solução encontrada foi transformar o local em um condomínio fechado. Esta equipe conseguiu convencer os proprietários restantes a investir recursos que possibilitassem a formação de um capital necessário à regularização de cada coisa pendente. Aprovada a ideia, foram iniciados os trabalhos de regularização da área, com elaboração do projeto de loteamento,  regularização das pendências com a Prefeitura (os lotes precisavam ser individualizados), com a CETESB, com outros órgãos públicos e com a documentação (necessidade de registro em Cartório), além do governo (impostos). Tudo precisou ser resolvido com novos investimentos e as irregularidades ambientais foram sanadas.

Ao final de um longo processo, todas as coisas acabaram sendo acertadas. O estatuto mudou e agora o antigo Clube Limoeiro passou a ser denominado Condomínio Limoeiro – um verdadeiro bairro residencial de São José do Rio Pardo, com toda estrutura de um bairro normal da cidade, inclusive com coleta interna de lixo sendo feita pela própria administração do lugar. A Prefeitura ficará com o recolhimento externo do lixo.

Os cinco alqueires de área do condomínio têm hoje 74 lotes e 33 casas construídas

O administrador do Condomínio Limoeiro é Adilson Viana, que está ali há 16 anos. Assim como Osvaldo Pinto, ele também conhece o lugar como a palma da mão, sendo coordenador administrativo de cada obra ou benfeitoria lá realizada. Adilson explica que, tirando os 20% de área ambiental prevista em lei, o lugar ainda tem 74 lotes e 33 casas construídas.

Os imóveis já foram distribuídos aos 46 proprietários, sendo que os lotes de terreno possuem uma área mínima de 600 m2. No caso das casas, a área mínima atual é de 1.000 m2, podendo chegar a 2.500 m2.  Os terrenos ainda disponíveis para venda têm preços começando a partir de R$ 150 mil e as casas, que tem metragem de 150 m2 ou mais, não saem por menos de R$ 300mil. Algumas delas, já reformadas e com ótimo aspecto externo, estão disponíveis para negociação a terceiros e os interessados podem procurar Osvaldo ou a direção do empreendimento.

Adilson lembra que, além da manutenção da estrutura física original das casas, todas elas têm sistemas de fossas sépticas padronizadas por exigência da Prefeitura para região rural, com um recuo de 10 metros em relação à rua. Todas as ruas, aliás, são de paralelepípedos. Há ainda poço artesiano com água potável para abastecimento das moradias, bocas de lobo e sistemas de captação da água pluvial. Uma caixa de água central, com capacidade para 240 mil litros, abastece todo o condomínio.

Quanto ao sistema elétrico, os antigos tubos subterrâneos para ligação de cabos de energia, existentes desde a época do Clube Limoeiro, serão em breve trocados por postes fornecidos pela própria CPFL, já instalados. Assim que as matrículas e as escrituras de todos os lotes ficarem prontas em Cartório, todo esse sistema elétrico será atualizado porque a CPFL exige agora que a fiação seja aérea.

Pesca, flora e fauna

O lugar tem ainda quatro (4) piers para pesca no imenso lago formado décadas atrás pela antiga CESP. Adilson diz que os aguapés e “ilhotas” aquáticas flutuantes têm a promessa de ser removidas pela AES TIETE para não prejudicarem o ecossistema do lago inclusive  os peixes. A pesca esportiva e os passeios de barco estão entre as atrações mais procuradas pelos atuais condôminos do Limoeiro, já que há uma diversidade considerável de peixes ali e amplo espaço aquático para ser desfrutado . Oswaldo Pinto salienta que, dentre tantas coisas importantes, dois itens estão sendo cuidadosamente preservados até agora e que são consenso entre os condôminos atuais: a fauna e a flora. Com isso, animais silvestres são vistos diariamente ali, pássaros raramente encontrados na cidade têm lá seu habitat e até árvores plantadas ainda na época do Clube Limoeiro, incluindo as frutíferas, são achados em vários lotes.

Há quatro piers ou pequenos cais para embarque e desembarque
A vista do lago é uma das atrações principais de todo o Limoeiro
Prédio reformado e pronto para uso coletivo dos condôminos

Por Eduardo Eron

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