quarta-feira , 1 maio 2024
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IBGE encontra dificuldades para realizar Censo nos domicílios

Até o momento 1.200 unidades constam moradores ausentes

O trabalho para realizar o Censo Demográfico 2022 continua a todo vapor no município. No entanto, o prazo para a finalização da coleta dos dados precisou ser prorrogado em todo o país. Em São José do Rio Pardo, os recenseadores têm enfrentado certa dificuldade para serem atendidos pelos moradores dos domicílios que visitam. Seja por ausência do morador, ou até mesmo por recusa.

Denise Sernaglia Capuano, chefe da agência do IBGE em Rio Pardo, falou essa semana sobre o processo da contagem populacional no município.

Dificuldades

Segundo a profissional, têm sido um grande desafio realizar a coleta dos dados. “Estamos enfrentando bastante dificuldade, diferente do que aconteceu em 2010, que foi o último Censo Demográfico realizado no país. As dificuldades maiores que estamos enfrentando, é a de acesso ao domicílio. A condição de vida das pessoas mudou muito de 2010 para cá, as famílias diminuíram, a maioria das pessoas trabalham foram, se têm filhos, eles estudam na maior parte do dia, e é difícil conseguir acessar esse domicílio, encontrar os moradores para fazer a coleta”, declarou.

Prorrogação

O prazo para a coleta dos dados censitários foi prorrogado para o início de dezembro e Denise explicou o motivo. “Aconteceu tanto por questões administrativas, quanto pela quantidade de recenseadores que foi reduzida. Dentro deste prazo a coleta está muito bem, estamos com ela bem avançada, mais de 20 mil unidades já foram visitadas em todo o município, considerando domicílios e outras unidades, como saúde, religiosa, estabelecimentos de ensino, comércio e indústria. Já temos quase 40 mil pessoas recenseadas”, relatou.

Até o momento 1.200 unidades estão com moradores ausentes. “São domicílios que tentamos realizar coleta, mas até o momento não conseguimos. Ou a pessoa estava viajando, ou não pôde atender o recenseador”, explicou.

Caso o morador esteja ausente no momento em que o recenseador visitar a residência, ele precisa fazer quatro retornos no domicílio em horários alternativos. “O recenseador recebe por produção. Se esse domicílio não consegue ser recenseado, para que o recenseador não fique preso e atrapalhe seu pagamento, nós liberamos esse pagamento e depois retomados nessas unidades. Então essas unidades que não foram trabalhadas há um mês, estão sendo retomadas agora. Inclusive as poucas recusas que temos, são retomadas por supervisores”, disse.

Recusa

“O que consideramos recusa, muitas vezes pode ser um momento inconveniente que o recenseador chegou no domicílio, e a pessoa não estava preparada para recebe-lo, aí entende-se como uma recusa naquele momento, mas depois o domicílio será trabalhado e conseguimos uma reversão de recusa. Podemos agendar um outro horário com a pessoa para fazer a coleta”, explicou.

Denise reforçou que a coleta dos dados é obrigatória e há uma lei que a respalda. “Essa lei garante tanto o sigilo de informação quanto obrigatoriedade da mesma. O mais importante para nós é informar o que essa lei garante, que é que os governantes possam usar os dados do IBGE para a melhoria da população. É isso o que queremos, mostrar a importância da informação correta, de que as pessoas passem os dados reais. A única fonte de dados oficial, é o IBGE, os governantes precisam desses dados para tomar decisões”, esclareceu.

Setores

O IBGE divide o munícipio em setores, que são trabalhados por cada recenseador. Dentro desses setores, 11 ainda não foram iniciados. “Ao todo, a cidade foi dividida em 111. Os outros setores que foram e estão sendo trabalhados, não estão 100% concluídos por conta desses moradores ausentes. Alguns outros já começaram a ser trabalhados neste momento. Então eles precisam ser percorridos por completo para que possamos concluir a operação censitária”, disse Denise.   

Apesar da deficiência em conseguir recenseadores, segundo a profissional, o trabalho está bem encaminhado.

“Alguns municípios da região tiveram mais dificuldades do que nós. Tivemos sim essa deficiência no quantitativo de recenseadores, mas as pessoas que estão conosco até agora, estão dando conta do recado. São pessoas qualificadas, produzem muito bem, então será o suficiente para terminarmos a coleta com qualidade”.

Atualmente o IBGE de Rio Pardo conta com 20 recenseadores, no início da coleta de dados, eram 37 contratados. “Essa baixa acontece, sempre entramos com uma quantidade maior e com o tempo vai reduzindo. Algumas pessoas conseguem um outro emprego, já que este é um cargo temporário, no início também teve a questão do pagamento demorar um pouco para sair, então algumas pessoas que tinham certa urgência acabaram desistindo”, informou.

“Em dezembro precisaremos prestar informações ao Tribunal de Contas. Precisamos passar esses dados para fechar o ano, então temos esse compromisso que precisa ser cumprido”, encerrou.

Para entrar em contato com a agência do IBGE localizada no município, o telefone é (19) 3608- 5647.

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