terça-feira , 26 novembro 2024
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FEUC recebe Simpósio sobre Suicídio dia 22

 

Realizado pela IASD, evento será gratuito e deverá começar às 19h15

 

Está marcado para dia 22, quarta-feira, no Espaço FEUC (rua Tibiriçá, 451, esquina com a Campos Salles), o Simpósio sobre Suicídio, que será promovido pela Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) de São José do Rio Pardo. O Simpósio tem seu início previsto para o horário das 19h15, com término marcado para às 21 horas.

O evento é parte do tradicional projeto educativo “Quebrando o Silêncio”, que a IASD  promove desde 2002 em oito países da América do Sul: Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai. É aberto a toda a população, não havendo portanto cobrança de ingresso.

“Quebrando o Silêncio” é uma campanha anual que acontece sempre no mês de agosto com o objetivo de prevenir situações adversas que causam prejuízos morais à sociedade e, com isso, prevenir também novos suicídios.

O suicídio foi escolhido pela IASD como tema deste ano por ser a segunda causa de mortes entre adolescentes e jovens adultos (de 15 a 29 anos) em todo o mundo, e a 17ª na população mundial (800 mil pessoas por ano) segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde).

Epidemia

Nada menos do que 78% dos suicídios ocorrem em países de menor renda e a arma de fogo é a mais utilizada. Tido como epidemia mundial, trata-se de tema de saúde pública.

A maioria das pessoas com tendências suicidas nunca recebeu assistência ou qualquer tipo de tratamento. Todos os dados são da OMS e de pesquisas realizadas por diversas universidades.

Esse ano, o evento “Quebrando o Silêncio” contará com uma palestra da advogada Damaris Moura, presidente da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB-São Paulo.

Transtornos mentais

Se por um lado os adolescentes não são os que mais se matam, por outro a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta o suicídio como a segunda maior causa de mortes nessa época da vida.

Na cabeça de pais e educadores surgem as dúvidas: redes e universo digital, cobranças em casa e na escola, álcool, drogas, bullying… Não existe um motivo em comum entre todos os casos, mas a maioria deles está ligada de alguma forma a transtornos mentais, como a depressão.

Vale lembrar que nem sempre a causa do transtorno é um problema de desequilíbrio químico – a saúde mental de uma pessoa pode ser afetada, por exemplo, pelo consumo excessivo de substâncias como álcool e drogas. Esse fator afeta todas as faixas etárias, mas entre os adolescentes ele ocorre em cenários específicos.

De acordo com o psiquiatra Elton Kanomata, do hospital Albert Einstein, um primeiro ponto da diferença entre os adolescentes e outras faixas etárias é que eles ainda estão concluindo seu desenvolvimento cerebral.

O psiquiatra Antônio Geraldo da Silva corrobora a tese e vai além, lembrando que o cérebro está em formação até os 22 ou 23 anos de idade.

Álcool e drogas

Referência na área, um estudo dos cientistas José Manoel Bertolote e Alexandra Fleischmann publicado há mais de 15 anos no periódico científico “World Psychiatry”, do Associação Mundial de Psiquiatria, até hoje é citado por especialistas.

Os pesquisadores analisaram os dados de 15 mil pessoas que se mataram em todo o mundo, entre 1959 e 2001. A conclusão: o maior percentual dos casos estava ligado à depressão (35,8%) e, em segundo lugar, estavam os transtornos decorrentes do abuso de substâncias lícitas, como o álcool e o cigarro, e também das ilícitas.

FOTO Suicidio

Suicídio é a segunda maior causa de mortes entre adolescentes, segundo a OMS (Foto: Frédéric Cirou)

 

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