Solenidade ficou suspensa no período da pandemia e voltou para marcar os 122 anos do monumento
Após três anos interrompida pela pandemia, a comemoração para marcar a instalação da Ponte Metálica Euclides da Cunha retornou na noite de 18 de maio, com participação de professores, alunos, representantes do Conselho Euclidiano e autoridades do município, voltou a acontecer o episódio da “Chama Euclidiana”.
Além de destacar a preservação do pensamento do escritor, o evento simboliza ainda a relevância de sua obra – seja o livro ou a ponte – para o desenvolvimento cultural, econômico e social da cidade ao longo dos anos.
Os participantes da celebração se reuniram em frente à Casa de Cultura Euclides da Cunha, onde foram feitos os pronunciamentos relacionados à data e houve o acendimento simbólico da “Chama Euclidiana”, conduzida por estudantes, professores e pelos grupos Ordem Demolay e Filhas de Jó. A solenidade seguiu no Recanto Euclidiano, com apresentação de performance pela Cia Erva Doce.
Várias reformas
A ponte alemã foi montada e inaugurada em dezembro de 1897, mas por ser assentada em solo inapropriado, acabou tombando, em 23 de janeiro de 1898. Para a sua reconstrução, o Governo do Estado convocou o seu engenheiro de obras públicas, Euclides da Cunha, recém-chegado da Guerra de Canudos, onde cobriu o conflito para o jornal A Província de São Paulo.
No período em que permaneceu na cidade, escreveu parte do livro Os Sertões, versando sobre o conflito do interior baiano, e que se tornara mais tarde um dos clássicos da literatura nacional, projetando o nome de Euclides da Cunha e colocando São José em destaque.
Após reconstruída e instalada em um local pouco acima do anterior, a reinauguração da ponte-monumento se deu em 18 de maio de 1901, resistindo até hoje, após passar por reformas em 1944, 1953, 1957, 1970, 1985 e 2014, e ainda por enchentes do rio Pardo.