segunda-feira , 25 novembro 2024
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Divulgação: Drauzio Varella

Diabetes: é possível conviver bem com o problema

Cuidados com a saúde, alimentação, ajudam no controle do açúcar no sangue e dá qualidade de vida aos pacientes

Na semana que passou, segunda-feira. 26 de junho, foi lembrado o Dia Nacional do Diabetes. A data tem como objetivo conscientizar a população sobre a prevenção e o tratamento da doença que afeta milhões de pessoas no mundo. O diabetes mellitus afeta a forma como o organismo metaboliza o açúcar no sangue (glicose). A glicose é vital para a saúde sendo uma importante fonte de energia para as células que compõem músculos e tecidos. É, também, a principal fonte de combustível para o cérebro.

A causa da doença varia de acordo com o tipo, e entre os diferentes tipos há os crônicos e os reversíveis. As condições crônicas incluem os pacientes tipo 1 e tipo 2. Já os reversíveis são aqueles diagnosticados com pré-diabetes ou as mulheres com diabetes gestacional.

Os sintomas variam dependendo do quanto esta condição vem elevando as taxas de açúcar no sangue. Por este motivo, em alguns casos, especialmente no pré-diabetes ou diabetes tipo 2, podem não haver sintomas. No diabetes tipo 1, os sintomas tendem a aparecer rapidamente e ser mais graves.

Quando há sintomas, os principais são sede excessiva, micção frequente, fome extrema, perda de peso inexplicável, presença de cetonas na urina, fadiga, irritabilidade, visão embaçada, feridas de cicatrização lenta, infecções frequentes nas gengivas, na pele ou vaginais. Em caso de suspeita, é importante procurar um médico para avaliação.

O diagnóstico do diabetes é realizado por meio de exames de sangue, que medem os índices glicêmicos do organismo. Uma vez confirmado, é importante que o acompanhamento seja realizado periodicamente, conforme orientação do médico.

O tratamento do diabetes é feito com o controle da hiperglicemia por meio de alimentação balanceada, manutenção do peso corporal e hábitos de vida saudáveis. Em alguns casos, o médico poderá prescrever medicamentos para o controle do diabetes.

A importância do controle

As autoridades médicas afirmam que muitos casos de diabetes podem ser resolvidos ou controlados com simples mudanças na rotina. Isso porque quanto mais tecido adiposo, mais resistentes as células se tornam à insulina. Da mesma forma, quanto menos ativo você for, maior será o seu risco, explica o especialista.

Uma das principais orientações ao paciente com diabetes é a realização de atividade física regular. Incluir o exercício físico na rotina ajuda a controlar o peso, utiliza a glicose como energia e torna as células mais sensíveis à insulina.

Assim, é importante manter o acompanhamento médico, realizar exames e seguir as orientações. Caso contrário, mesmo sem sintomas, a doença pode trazer diversas repercussões para a saúde.

O médicos alertam de que quanto mais tempo você estiver com diabetes e quanto menos controlado, maior o risco de complicações. Eventualmente, as complicações do diabetes podem ser incapacitantes ou até mesmo fatais.

As complicações do diabetes podem levar a doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral (AVC), danos nos rins (nefropatia), levando à insuficiência renal ou doença renal irreversível, lesões oculares (retinopatia), levando à cegueira, catarata ou glaucoma, deficiência auditiva, aumento do risco de demência, como a doença de Alzheimer, depressão e muitas outras.

Por este motivo, o princípio de tudo é procurar uma vida mais saudável, com uma alimentação balanceada e a prática regular de atividade física. Além disso, realizar exames preventivos regularmente, conforme a indicação de um médico especialista.

Os principais tipos de diabetes

– Diabetes tipo 1 – Pode se desenvolver em qualquer idade, embora muitas vezes apareça durante a infância ou adolescência. A causa do diabetes tipo 1 ainda é desconhecida, mas já se sabe que há uma questão ligada ao sistema imunológico, que normalmente combate bactérias ou vírus nocivos, e que passa a atacar e destruir as células produtoras de insulina no pâncreas. Por este motivo, com pouca ou nenhuma insulina, o açúcar passa a se acumular na corrente sanguínea.

– Diabetes tipo 2 – É o mais comum e representa cerca de 90% dos casos diagnosticados. Embora possa se desenvolver em qualquer idade, é mais comum após os 40 anos.

No diabetes tipo 2, as células se tornam resistentes à ação da insulina e o pâncreas não consegue produzir insulina suficiente para superar essa resistência. Em vez de se mover para as células em busca de energia, o açúcar passa a se acumular na corrente sanguínea.

Acredita-se que fatores genéticos e ambientais desempenhem um papel importante no desenvolvimento do diabetes tipo 2.

– Diabetes gestacional – O diabetes gestacional (DG) ocorre durante a gravidez e pode desaparecer após o nascimento do bebê. Algumas alterações hormonais nesse período podem diminuir a ação da insulina no organismo. Esse desequilíbrio pode causar o DG.

O DG pode ser assintomático, por isso é importante que as gestantes fiquem de olho em sua saúde e realizem o pré-natal adequadamente.

Quando diagnosticado, é fundamental ter um controle médico rigoroso para o adequado desenvolvimento do feto.

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