Entre os municípios na faixa de 50 mil habitantes, São José já foi considerado o menos violento do Estado
Foi matéria no portal G1, com o título “São José do Rio Pardo é o município menos violento de SP, diz estudo inédito de ONG”. O ano era 2018, quando a cidade, dentro dos critérios pesquisados, figurou como a menos violeta do Estado, segundo o Índice de Exposição a Crimes Violentos (IECV).
O levantamento foi realizado entre 138 municípios paulistas com mais de 50 mil habitantes. E São José do Rio Pardo se destacou porque no período pesquisado não registrou ocorrência de homicídio, latrocínio ou roubo de carga, além de ter poucos registros em outros crimes violentos.
De acordo com as informações da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), que serviram de base para a pesquisa em 2017, a cidade havia registrado duas tentativas de homicídio, uma lesão corporal seguida de morte, 12 casos de estupro, 53 roubos e 9 roubos de veículos. Os dados da baixa criminalidade se repetiram no primeiro trimestre de 2018, quando a pesquisa foi divulgada.
Em 2020, quando 141 municípios foram pesquisados, São José do Rio Pardo se manteve como a quinta melhor cidade do ranking.
De acordo com o Instituto Sou da Paz, no primeiro ano da pandemia houve redução da violência contra o patrimônio, devido a menor circulação de pessoas, entretanto, maior incidência de crimes contra a vida, incluindo os sexuais, em razão do isolamento social o que dificultou a denúncia pelas vítimas.
Situação diferente
Mas a aparente tranquilidade foi sacudida nos últimos cinco meses deste ano de 2021. De março até agora, São José do Rio Pardo já registrou três homicídios.
O primeiro foi em 19 de março, quando Luciano Firmino, agente da Guarda Civil Municipal atirou contra um veículo, numa desastrosa abordagem no Carlos Cassucci, vindo a matar Thiago Vinícius Moda, de 19 anos. Depois, em 7 de junho, na Vila Formosa, durante briga para acerto de contas, Thiago Teixeira Vicente (36) matou a tiros, Marcus Vinícius de Carvalho Souza (23). Agora, em 7 de agosto, foi a vez do empresário Tito Teixeira – morto por um tiro, ao lado da Igreja de Santo Antonio e do supermercado da família, cujo autor ainda é procurado.
A cidade vê crescer ainda os casos de assaltos em vias públicas, tentativas de assalto, invasão a estabelecimentos comerciais e furtos em propriedades rurais, conforme noticiário policial das últimas semanas.
Sem investimentos
Nos últimos anos, os investimentos em Segurança Pública no município se resumiram às ações da gestão anterior em curso de capacitação para a Guarda Civil Municipal, aquisição de duas motos e uma viatura, além da melhoria salarial para agentes da GCM. No mesmo período, a cidade voltou a ter uma Delegada, para coordenar os trabalhos da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).
Por outro lado, os projetos de segurança comunitária não tiveram mais investimentos. O chamado sistema global de monitoramento, que chegou a funcionar na primeira década dos anos 2000, foi desativado. As câmeras de segurança – adquiridas com apoio de bancos e do comércio e instaladas na área central, deixaram de funcionar.
Neste ano cidade recompôs o seu Conselho Municipal de Segurança. Por meio dele, pode apresentar às autoridades medidas necessárias à retomada da ordem, o que ainda não havia ocorrido porque, desde janeiro, a cidade estava sem secretário de Segurança. Só na última quinta-feira, 12, Eric Pinheiro Portela foi nomeado para a pasta.
Isso não reflete a verdade, São José esta uma cidade extremamente violenta, a culpa acredito eu que seja o presídio próximo a nossa cidade que traz familiares de bandidos para morar em nossa cidade e também uma polícia muito fraca em nossa cidade.