Chalita diz que livros aguçam a inteligência
Escritor inaugurou a I FLRIP e concedeu entrevista à Difusora e Gazeta do Rio Pardo
O professor, escritor, advogado, jurista e ex-secretário estadual de educação Gabriel Chalita esteve em São José do Rio Pardo na semana passada. Ele inaugurou a I FLIRP – Feira Literária de São José do Rio Pardo e, em seguida, concedeu entrevista à rádio Difusora e Gazeta do Rio Pardo, falando ao repórter Luis Henrique Tobias.
Chalita disse “ser uma honra voltar a Rio Pardo”, onde já esteve algumas vezes, inclusive como secretário estadual de educação, tendo dado várias palestras. Disse considerar Euclides da Cunha “um marco na história da literatura brasileira e no conceito do homem brasileiro” e que Os Sertões “é uma das obras mais importantes da nossa literatura”.
“Só o fato de você fazer 80 anos de um evento, isso já é um marco no Brasil. Infelizmente a gente tem interrupções de grandes eventos literários quando se tem a mudança de um prefeito ou de um secretário, e feiras que vêm acontecendo e que acabam sendo interrompidas. E faz 80 anos que Euclides vem sendo homenageado e agora com uma feira com livros também”, opinou.
Inteligência imaginativa
Sobre a FLIRP, disse que é um caminho importante para conscientizar crianças e adolescentes para a importância da leitura, da ampliação do repertório. “Há uma parte que a tecnologia não resolve, que a televisão não resolve, e que é a inteligência imaginativa. Isso se resolve lendo ou ouvindo histórias. Então, trazer escritores importantes do Brasil como Maurício de Souza, Ignácio Brandão, Nalini, que são membros da Academia Brasileira de Letras e que vêm para cá para celebrar com a cidade, isso é muito significativo”.
Teatro e novo livro
Gabriel Chalita disse que está agora com algumas peças de teatro e no próximo ano estreará uma peça que homenageará 100 anos de Nelson Gonçalves. Ele está escrevendo, neste momento, outra peça, sobre Mazzaropi e, daqui alguns meses, lançará um livro sobre a Amazônia.
O livro será chamado de “Aliados da Amazônia” e, segundo o escritor, será transformado em filme algum tempo depois.
I FLIRP
Ao falar na abertura da I FLIRP, Gabriel Chalita abordou a questão do poder inspirador da literatura, dos grandes valores que se podem extrair dos livros para a vida humana.
Voltando a falar de livros, comparou: nos filmes e nas novelas as pessoas veem tudo; nos livros, porém, o leitor não vê tudo e passa a imaginar como as coisas são descritas. “Precisamos desenvolver essa inteligência imaginativa”, defendeu.
Ele também recomendou aos pais que valorizem a contação de histórias para os filhos, lembrando que países atuais como a China e Finlândia estão desenvolvendo isso em sua população infantil. “Acho que a gente vive um mundo tão tecnológico, tão rápido, que essas demonstrações de afeto por meio da literatura são muito significativas”.
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Gabriel Chalita: livros desenvolvem a inteligência imaginativa
Público praticamente encheu as cadeiras colocadas sobre o espaço coberto
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Ignácio de Loyola fala de São José no Estadão
O escritor e colunista do jornal O Estado de S.Paulo escreveu sobre São José do Rio Pardo e a Semana Euclidiana esta semana. Sua coluna, publicada pelo Estadão nesta sexta-feira, 17, foi inteiramente dedicada à visita que fez à cidade e, em especial, à Semana Euclidiana e Euclides da Cunha. Gazeta reproduz a página dele neste espaço.