terça-feira , 26 novembro 2024
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Casos de cinomose disparam na cidade

Doença viral causada pelo Morbillivirus, a cinomose é altamente contagiosa e afeta os animais sobretudo no inverno. O índice de mortalidade pode chegar a 80% e quando sobrevivem podem ter problemas neurológicos. Veterinários do município confirmam que houve uma alta incidência de casos e estão promovendo campanhas de conscientização para alertar a população sobre os riscos. O surto de cinomose no município neste ano já é superior ao número de casos do ano passado.

A cinomose é uma doença viral infectocontagiosa, que atinge o sistema nervoso central, sendo muito comum na espécie canina. Porém, ela pode acometer outros animais carnívoros, como raposa, furões, leões e tigres, explica o médico veterinário Leandro Folchetti. 

“A transmissão ocorre através da urina, fezes, todos os fluídos corpóreos, principalmente os respiratórios, e também através da placenta”, observa. Ele destaca ainda que os sintomas podem aparecer isoladamente ou em conjunto, como febre, vômito, diarreia, secreção nasal e ocular, tosse, dificuldade respiratória, afetando a coordenação motora, como se fosse um tique nervoso.

O médico diz que tem recebido inúmeros casos de animais contaminados em sua clínica. “Muitos deles são da mesma casa. Todos os anos temos essa situação, porém neste, estamos com um maior número de animais infectados”.

Leandro Folchetti, veterinário

O veterinário afirmou que a doença tem cura, com o uso de medicamentos controlados”. Fazemos um tratamento gastrointestinal, cuidamos da secreção nasal, ocular, fazemos fluidoterapia em animais que não se alimentam, e tratamento neurológico para cães que tem quadros de convulsão”, informou.

Mortalidade e vacinação

As sequelas da cinomose geralmente são neurológicas. Alguns cães ficam com tiques permanentes e dificuldade respiratória.

“A cinomose tem um alto índice de mortalidade, perdendo apenas para a raiva, e é altamente contagiosa. Ela não escolhe raça, idade ou sexo. Mas a maior incidência é em filhotes e em animais adultos não vacinados”, explica o veterinário Leandro Folchetti.

“O vírus da cinomose morre fácil, com produtos químicos e quando é exposto ao sol. Porém, em locais que não é possível fazer uma higienização, ele permanece por um tempo maior. O que promove uma proteção ao animal, é a vacinação. Se a pessoa teve um cão com cinomose e quer pegar um novo, a indicação é que esse animal permaneça em outro local, até completar totalmente o protocolo de imunização, que termina aos quatro meses”, informou.

As vacinas indicadas para proteger os cães contra essa doença, são a V8, V10 ou V12, sempre administradas por um médico veterinário.

“As vacinas precisam ter uma responsabilidade quanto ao armazenamento. O protocolo vacinal do filhote, é de três a quatro doses, dependendo do protocolo do veterinário. Após completar o calendário vacinal, a imunização deve ser administrada anualmente. É importante sempre exigir uma assinatura do médico veterinário que está aplicando a vacina, porque ela é a garantia de que o produto está em boas condições de armazenamento e que o animal está apto a receber a vacina”, alertou.

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