“Recebemos muita ajuda e foi fundamental nesse momento”, disse Rubens Luis da Cunha
Uma semana após o incêndio de 10 de maio no quarto 10 do Asilo Lar de Jesus, que deixou 5 mortos e um ferido (que ainda permanece internado), Rubens Luiz da Cunha, presidente da instituição, relatou ao jornal como a entidade tem reagido após a tragédia e como andam os reparos. A entrevista foi dada a Luis Fernando Benedito.
Solidariedade
“De início temos só a agradecer a população de São José. Estão nos ajudando muito, as doações não param, isso é maravilhoso. Foi muito duro, foi um baque muito forte, todos nós estamos muito abalados pelo que aconteceu, não seria diferente. Mas a vida continua e temos que continuar o trabalho. É uma entidade muito antiga na cidade, que presta um serviço de assistência social muito importante para todos que precisam dela, temos muitas pessoas que vivem aqui e precisamos continuar dando todo o suporte e apoio”, disse.
“Durante essa semana que passou após o ocorrido, recebemos muitas doações, inclusive de materiais elétricos, lojas daqui da cidade se propuseram a nos ajudar e nos deram muito material. Isso foi excelente porque estamos conseguindo fazer todos os reparos necessários”, destacou.
“São nesses momentos que vemos que não estamos sozinhos. Deixo minha mensagem de agradecimento a toda população de São José do Rio Pardo que se solidarizou, nos deu apoio. A caridade é maravilhosa, e acima de tudo é comprometer-se com a necessidade do próximo. As pessoas entenderam muito bem isso. Recebemos muita ajuda e foi fundamental nesse momento”.
Reparos
“Já corrigimos o corredor onde ocorreu o acidente, o quarto já está sendo totalmente reparado, a parte elétrica está sendo feita novamente, porque torrou por completo. Estão fazendo a manutenção dos encanamentos do banheiro que também foram danificados pelo incêndio. Dessa forma estamos conseguindo reerguer essa área. Era fundamental que já entrássemos de início para a correção, porque o incêndio é uma coisa impactante. Temos os outros internos que estão aqui, abalados e assustados, passavam e viam o local todo danificado. Prontamente já conseguimos reformar, já está quase finalizado, e isso foi excelente. Dentro do possível conseguimos controlar a situação da melhor maneira possível”, relatou.
Suporte as famílias
“Nesse primeiro momento o contato foi feito com as famílias das vítimas, eles vieram aqui no dia seguinte ao ocorrido, receberam o apoio da assistente social e psicóloga. Estamos fazendo tudo o que é necessário, respeitando a dor dessas pessoas, o momento delas, estamos mantendo contato telefônico que futuramente vão se transformar em visitas, vamos encontra-los, ver a necessidade deles em relação a tudo o que ocorreu”, contou.
“Tivemos o caso de um dos internos que foi levado para São José dos Campos, para tratar em um hospital de queimados, mas infelizmente ele não resistiu. Nossa psicóloga foi até lá e, na ocasião, foram feitas todas as documentações, a burocracia que acontece quando ocorre um falecimento e dentro do possível estamos à disposição dos familiares, queremos interagir com eles. Mesmo porque nós também estamos sentindo uma dor muito grande por tudo o que aconteceu. Todos aqui estão muito tristes. Nossa intenção é óbvia, sempre ajudar”, comentou.
No hospital
“O interno que sobreviveu encontra-se no hospital, a família está sempre em contato conosco aqui. Estamos dando todo o suporte”, assegurou Rubens.