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Agosto Dourado: Campanha estimula mães à amamentação

Entre outras propriedades, leite materno propicia ao bebê melhor desenvolvimento intelectual

A campanha Agosto Dourado foi criada em 1992 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A cor dourada foi escolhida para designar o mês de agosto pelo fato de estar relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno.

O pediatra Jarbas Ferreira Penna, que coordena o GAM (Grupo de Aleitamento Materno) de São José do Rio Pardo, participou do Jornal do Meio Dia, da Rádio Difusora na semana passada, e falou sobre os benefícios e a importância do leite materno para os bebês.

“O leite materno é uma fonte inestimável de recursos nutritivos para o desenvolvimento saudável do bebê. Todo esforço deve ser concentrado no objetivo de apoiar e incentivar o aleitamento materno. As mães de primeira viagem ainda estão inseguras acerca do parto e de como amamentar. Então todo o suporte têm que ser dado as mães de primeira gestação. É preciso orientar, estimular e ensinar como elas devem proceder no início da amamentação, pois ocorrem muitas dúvidas e incertezas quando o bebê nasce, e isso pode contribuir com a falta de sucesso na amamentação”, declarou.

Pega correta

Depois que a criança nasce, o leite materno desce por volta do terceiro ou quinto dia. No início, o bebê ingere cerca de 17 a 20 ml a cada mamada. A tendência da mama é ficar túrgida, endurecida, e estufada, o que dificulta muito o processo de amamentação. “Se a mama estiver endurecida, ela precisa fazer o esvaziamento mamário. Porque caso contrário, quando o bebê for fazer a pega, ele não vai conseguir segurar na aréola mamária, que é de onde sai o maior estímulo para a produção e descida do leite. Como ele não consegue fazer a pega, escorrega para o bico do peito, o que causa rachadura, sangramento e dor. Isso pode contribuir para o fracasso da amamentação. Por isso no início é muito importante que a mãe receba orientações pertinentes à como fazer a pega correta”, relatou.

“Após o nascimento, o bebê vai aprender o caminho do peito. No início ele dá umas cabeçadas, resmunga, chora, e com isso ele está aprendendo a mamar. Esse processo de aprendizagem é muito pertinente, porque ele está dando tempo para a mãe se recuperar do parto.  Nesses primeiros dias, ele ainda não aprendeu a pegar corretamente na mama. Isso não quer dizer que a mãe não tem leite o suficiente. O bebê às vezes não ganha tanto peso, o que não significa que o leite seja insuficiente”, reforçou.

De acordo com Jarbas, durante o período da pega correta, não deve ser oferecido a chupeta, pois ela pode confundir a boquinha do bebê, fazendo com que ele erre a pega, e até mesmo abandone o peito. “Atualmente a chupeta é uma das principais causas de abandono da amamentação”, observou.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) e a Sociedade Brasileira de Pediatria, o aleitamento materno deve ser exclusivo até os seis primeiros meses de vida. Depois do sexto mês, acontece a introdução de alimentos, como frutas e papinhas. Mas ainda assim, é importante continuar com a amamentação, até que a criança complete dois anos de idade.

GAM

No ano de 2003, foi criado o grupo de aleitamento materno no município, denominado GAM. “Nos reunimos uma vez por semana desde aquela época. Neste grupo sempre passamos as noções de apoio, incentivo e orientações para o sucesso na amamentação. É um grupo aberto a todo e qualquer cidadão”, disse Jarbas.

Nas terças-feiras, as mães vão a pediatria para a coleta do teste do pezinho e atualização vacinal. Com a presença delas e dos bebês, o GAM aproveita a oportunidade para realizar as reuniões.

Benefícios

O leite materno é rico em vários nutrientes e proteínas “além de ter o amor, afeto e vínculo. Ele carrega todos os nutrientes fundamentais para o desenvolvimento do bebê”, observou.

“O bebê precisa mamar a hora que quer, quando e quer e como quer. Quando a mãe está com dificuldades, orientamos que ela faça a retirada do leite que também é um estímulo para a produção, e esse leite retirado deve ser oferecido ao bebê no copinho, colherzinha, ou seringa, mas nunca na mamadeira, porque nesse caso ela faz a confusão do bico e com isso o bebê pode abandonar o peito da mãe”, explicou.

Segundo Jarbas, a boa nutrição proporcionada pela amamentação traz a segurança alimentar e a redução de desigualdades. “O leite materno além de todos os outros benefícios, propicia ao bebê um coeficiente de inteligência superior. Postula-se que se a criança tem essa inteligência superior, ela vai ter maiores chances de ter um futuro promissor, o que vai fazer com que nossa população cresça de maneira mais saudável e afetiva”, concluiu.

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