terça-feira , 26 novembro 2024
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Rio-pardense Mariane, da Globo, trabalhou na Copa

Rio-pardense Mariane, da Globo, trabalhou na Copa

Jornalista conta à Gazeta como foi a experiência de trabalhar na Rússia

 

Produtora da Rede Globo de Televisão, a rio-pardense Mariane Granado, esteve na Rússia como parte da equipe global que fez a cobertura da Copa do Mundo e retornou recentemente ao Brasil. Nesta entrevista exclusiva à Gazeta do Rio Pardo, feita pela internet ao repórter Luis Fernando, ela falou da experiência.

Como foi a experiência em fazer a cobertura na Copa do Mundo? Foi sua primeira Copa?

Foi ótima e inesquecível! Em 2014 eu participei da cobertura da Copa do Mundo no Brasil, trabalhei na redação da TV Globo no Rio de Janeiro, mas não estava credenciada para os jogos. Por isso, a Copa na Rússia foi diferente. Eu pude trabalhar na redação e também nas ruas, gravando reportagens e participando da cobertura de alguns jogos. É muito legal participar da produção na redação, mas completar com a experiência jornalística nas ruas e nos estádios é melhor ainda. A Copa do Mundo na Rússia acrescentou muito à minha carreira. Trabalhei mais de 40 dias com pessoas experientes, criativas e eficientes e isso me fez aprender bastante.

 

Durante estes dias foram muitas reportagens. Quais as que mais te chamaram a atenção?

Gostei de duas reportagens do Fantástico que entraram logo no comecinho da cobertura da Globo na Copa. Uma delas foi feita pelo repórter Marcelo Canellas e falava sobre a “alma russa”, sobre como os moscovitas vivem hoje em dia, as contradições de uma cidade tão importante, a rotina de algumas famílias russas. A outra reportagem que gostei bastante foi a do repórter Pedro Bassan sobre o extremo leste da Rússia. Mostrou uma cidade que fica a 9 mil quilômetros da capital Moscou e como as pessoas que vivem lá encaram o futebol e a Copa. Interessante ver que alguns brasileiros de origem russa que moram no país da Copa não sabem nem da existência do Neymar. Adoro as reportagens mais esportivas, mas em um evento como a Copa do Mundo, ter reportagens que vão além do futebol é muito bacana. Elas nos apresentam cenários e situações que jamais pensamos existirem.

 

O povo russo foi bastante acolhedor com os torcedores do mundo inteiro que lá estiveram?

Cheguei em Moscou 10 dias antes do início da Copa e, naqueles dias, senti que eles estavam um pouco assustados com o movimento que a competição proporciona. Logo se acostumaram e, mesmo sendo um pouco frios e discretos, os russos se esforçaram muito para serem simpáticos e receptivos com os turistas. Nós jornalistas também sentimos isso. O jeito do russo é diferente do nosso, mas dava para ver que eles estavam se esforçando para serem mais acolhedores.

 

A campanha brasileira, como você avaliou?

Acho que tenho a mesma avaliação da maioria dos brasileiros. Nossa seleção podia mais, tinha condições de chegar mais longe. Não deu. Alguns jogadores precisam ter um desempenho melhor como o Neymar, por exemplo. Ele joga muito, é um craque, mas precisa realmente render quando é necessário. Se esses grandes jogadores que o Brasil têm não renderem quando preciso, o Brasil vira uma seleção somente regular. Porém, acho que tivemos pontos positivos também, apesar da eliminação. Tite conseguiu organizar o time e trouxe confiança para jogadores e torcedores. Quanto a isso, certamente progredimos em comparação à Copa anterior.

 

A estrutura dos estádios estava de acordo com o que se espera de uma competição mundial?

Eu fiquei apenas em Moscou. Os dois estádios de lá, o do Spartak e o Luzhniki, estavam muito bem estruturados para o mundial.

 

Fale um pouco de seu trabalho na área esportiva.

Sempre gostei de esporte, de jogar e de acompanhar as notícias. Ainda na faculdade achei que minha carreira não seria ligada a isso. O esporte é apenas um hobby, eu pensava. Quando comecei a estagiar no canal fechado da TV Bandeirantes, o BandSports, não teve jeito (risos). Comecei a gostar mais e mais. Na TV Globo, faço parte da produção de reportagem. Nós cuidamos tanto da logística quanto do conteúdo. O legal da produção é você conseguir fazer uma ideia virar reportagem, fazer ela, de fato, acontecer. Não é algo fácil, principalmente porque lidamos com público, audiência. Mas quando dá certo, com certeza é algo muito prazeroso.

 

Gazeta do Rio Pardo agradece e deseja sucesso em sua carreira.

Muito obrigada. Foi bom poder conversar com vocês e contar um pouquinho da cobertura da Copa. Muito sucesso também para a Gazeta do Rio Pardo. Contem comigo!

Mariane Granado em estúdio da Globo na Rússia em estádio de Moscou: experiência inesquecível

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