terça-feira , 26 novembro 2024
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Obras na Perimetral têm ritmo lento e interdição continua

Serviços que não constavam do projeto afetam andamento dos trabalhos

Ainda não há prazo para conclusão das obras no trecho da Avenida Maria Aparecida Salgado Braghetta – a Perimetral, que vem passando por serviços de duplicação, alargamento de pista, melhoria da infraestrutura e posterior pavimentação. Os trabalhos começaram no início de maio, período em que o prefeito, Márcio Zanetti, usou as redes sociais informando que haveria interdições parciais e totais, em períodos específicos. Mas cerca de dois meses depois, não há nem sinal de liberação da via ao tráfego.

Enquanto isso, o trânsito pesado de caminhões segue direcionado a rotas alternativas, cujas ruas têm pouca estrutura e a falta de sinalização deixa motoristas perdidos.

Em 30 de junho, outra vez nas redes sociais, o prefeito disse que a interdição precisou ser continuada porque encontraram “muita imprevisibilidade” na execução da obra.

Segundo levantado pela Gazeta, dentre as “imprevisibilidades” aludidas pelo prefeito, houve problemas em uma área de aterramento que margeia a via. Outro entrave foi em relação ao sistema de iluminação, que inicialmente não teve aprovação da concessionária de energia. A falta de drenagem no terreno e a rede de esgoto foram outras questões que afetaram a obra. Assim, a desinterdição está indo além do que se havia prometido.

Atraso

As obras da Perimetral, naquele trecho, tiveram o início anunciado em dezembro de 2020, quando foi dada ordem de serviço à empresa vencedora da licitação. Mas na mudança de gestão do município, o atual governo não deu continuidade, decidindo modificar o projeto. Para isso, precisava desapropriar uma gleba de terras – onde passa o trecho da duplicação. A dificuldade em dialogar com os proprietários da área dificultaram o processo e houve demora mais do que o previsto. Em meio a isso a Prefeitura tentou executar recapeamento numa pequena faixa, em frente à companhia de energia, mas o serviço durou menos de uma semana, uma vez que o asfalto cedeu.

Com os serviços iniciados, na primeira semana de maio, houve problemas com as galerias de águas e rede de esgoto – questão que acabou chamando a atenção do Ministério Público. Ainda, segundo uma fonte da obra, faltou análise de solo, resultando na necessidade de obras de drenagem que não estavam programadas.

Na semana passada o ritmo da obra diminuiu, os trabalhos não chegaram a parar, mas o volume de serviços foi bastante reduzido. Parte dos funcionários teria sido deslocada para outra obra da empresa.

Empresa e Prefeitura não deram explicações

Na última semana, duas empresas transportadoras, que diariamente deslocam caminhões com destino à Nestlé, fizeram contato com a redação do jornal, em busca de informações sobre os desvios na cidade, “porque tem havido conflito no sistema de mapa e monitoramento” – justificou funcionário em uma das ligações.

Em função disso e também para esclarecer sobre o andamento da obra, Gazeta encaminhou pedido de informações à construtora Comdarpe, responsável pelo projeto, com o objetivo de saber sobre o cronograma, as dificuldades, os investimentos e a geração de empregos no canteiro de obras. Sobre o assunto, foi perguntado: 1-Qual é o orçamento total da obra? 2-Qual a previsão para conclusão dos serviços, no trecho mencionado? O cronograma está dentro do previsto? 3-Quantos são os trabalhadores envolvidos na fase atual dos trabalhos e quantos serão até a conclusão? 4-Quais os desafios encontrados pela empresa na execução das intervenções atualizadas? 5-Em que as questões do esgoto poderiam afetar o andamento das obras?

Por meio de sua assessoria, na quinta-feira (27) a empresa encaminhou a seguinte nota, em que não respondeu aos questionamentos, dizendo que: “após uma análise interna, decidimos não conceder a entrevista neste momento. A razão para essa decisão é que a obra em questão é de propriedade da Prefeitura de São José do Rio Pardo e, como empresa privada, não detemos autoridade para fornecer detalhes ou informações sobre a mesma. Nesse sentido, sugerimos que entrem em contato diretamente com a Prefeitura de São José do Rio Pardo para obter todas as informações necessárias sobre o projeto”.

Gazeta encaminhou as mesmas questões à assessoria de imprensa da Prefeitura e ao gabinete do prefeito. Mais uma vez, a Prefeitura não respondeu.

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