Jovem de 18 anos foi levado para a Cadeia Pública de Pirassununga (SP).
Mãe da criança, de 15 anos, permanece em uma casa de acolhimento.
Fonte: Do G1 São Carlos e Araraquara
O pai do menino de 6 meses atropelado no domingo (24) na Rodovia Deputado Ciro Albuquerque (SP-225), em Pirassununga, foi preso por homicídio culposo e levado para a Cadeia Pública da cidade. A mãe da criança, de 15 anos, permanece em uma casa de acolhimento porque sua família ainda não foi localizada.
Em entrevista por telefone para a produção da EPTV nesta segunda-feira (25), a delegada Tatiane Cristina Parizotto informou que a criança caiu do carro em uma curva. Pelos depoimentos dos pais, a porta do Fusca abriu acidentalmente, o bebê caiu na pista e foi atropelado.
O corpo do menino foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) e o Conselho Tutelar está tentando localizar parentes para realizar a liberação. Caso ninguém seja encontrado, o bebê será enterrado em Pirassununga.
Relato da mãe
A reportagem da EPTV esteve no local do acidente e conversou com os policiais militares que atenderam a ocorrência. Segundo os PMs, a mãe e o pai do menino, bastante abalados, contaram versões diferentes sobre o episódio. Ela relatou que teria ajudado o pai a empurrar o carro com a criança no colo. O menino teria caído e sido atropelado pelo próprio pai. Já o pai disse que o menino teria caído com o carro em movimento e outro veículo que seguia pela rodovia teria atropelado o menino e fugido.
No plantão policial, cada relato gerou um termo de declarações. A mãe do bebê afirmou que ela e o companheiro estavam voltando de Dois Córregos para a casa de familiares em Pouso Alegre (MG) e de lá seguiriam para Itanhandu (MG). Todos estavam sem cinto de segurança e ela estava no banco da frente com o filho no colo. De acordo com o boletim de ocorrência, o rapaz não possui Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Em determinado momento, o pedal do acelerador quebrou e o carro parou. Seu companheiro fez um reparo com arame e conseguiu colocar o Fusca no acostamento da pista contrária. O pai decidiu fazer o carro pegar “no tranco” e a jovem desceu com o bebê no colo para ajudá-lo.
Quando o carro funcionou, ela correu para sentar no banco, mas o veículo acelerou muito e não deu tempo de fechar a porta. Na conversão para a pista contrária, a porta abriu totalmente, ela perdeu o equilíbrio e o bebê caiu de seus braços.
A jovem disse que sofreu escoriações com o desequilíbrio e que não sabia se o companheiro tinha atropelado a criança com a roda traseira ou se o filho tinha sido atingido por outro carro.
Disse ainda que ela e o companheiro correram para socorrer a criança, ficaram no meio da pista para que ninguém passasse pelo menino e começaram a pedir ajuda.
Relato do pai
Já o jovem de 18 anos contou que tinha ido com a família a Dois Córregos para vender enxovais e toalhas e que, em uma subida, o carro parou.
Ele percebeu que o cabo do acelerador tinha arrebentado e amarrou um pedaço de arame para o carro funcionar. Depois disso, conseguiu virar o Fusca, parando no acostamento da pista contrária, embaixo da sombra de uma árvore.
Segundo o rapaz, a mulher ficou sentada no banco do passageiro com o bebê no colo enquanto ele empurrava o veículo e, quando o carro funcionou, ele correu para o volante. Ao fazer a curva, a porta do passageiro abriu, a mulher se desequilibrou e o menino caiu dos braços dela no meio da pista.